Luiz Claudio Costa informou ainda que o governo
abriu 200 mil novas vagas para 2015
Maryanna Oliveira / Câmara dos Deputados
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O ministro afirmou que aumentos abusivos nas mensalidades dos cursos superiores não serão tolerados |
O ministro interino da Educação, Luiz Cláudio
Costa, garantiu — nesta quarta-feira (25) em comissão geral na Câmara — que
todos os 1,9 milhão de estudantes beneficiados pelo Fies, o Fundo de
Financiamento Estudantil, terão seus contratos com o programa renovados para
este ano.
O prazo para aditamento termina em 30 de abril,
podendo ser prorrogado. Segundo o ministro, 1,2 milhão de estudantes já
renovaram o contrato e outros 500 mil estão em fase de aditamento.
"Todos os aditamentos, reitero, todos estão
garantidos. Aquele estudante que quiser continuar, que desejar fazê-lo, terá o
seu aditamento
garantido. É o nosso compromisso."
Luiz Claudio Costa informou ainda que o governo
abriu 200 mil novas vagas para este ano.
O ministro admitiu a necessidade de avaliar o
programa, criado em 1999, periodicamente. O governo alterou o Fies para este
ano e estabeleceu um limite de até 6,4% para o reajuste das mensalidades de
cursos financiados pelo programa, de acordo com a inflação. Aumentos maiores
que este deverão ser revistos.
Além disso, o governo passou a exigir dos
estudantes um mínimo de 450 pontos no Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio,
como condição para obtenção de financiamento.
O ministro Luiz Cláudio Costa ouviu, na Câmara,
duras críticas ao programa. Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno, do
Paraná, que sugeriu a comissão geral, a "economia estrangulada" do
País não pode prejudicar estudantes beneficiados pelo programa.
"Se tem problema no Fies, se tem problema com
as entidades particulares, que faça as correções devidas no seu tempo, mas não
prejudique aquele que está estudando, está dedicando parte da sua vida, que não
vai se repetir."
Representantes de instituições de ensino superior
também criticaram, na comissão geral, os ajustes promovidos pelo governo
federal no Fies. O argumento é que não houve transparência nessas mudanças.
Para esses críticos, as alterações limitam o acesso do estudante ao programa.
Além disso, segundo os críticos, o reajuste de
mensalidades não pode levar em consideração a inflação, mas os investimentos
realizados nos cursos. A isso, o ministro Luiz Cláudio Costa respondeu que
aumentos abusivos não serão tolerados.
Reportagem
— Noéli Nobre
Fonte:
Radio Agencia