Décima fase da Operação Lava Jato começou nesta segunda-feira. Etapa
apura crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
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Renato Duque deixou carceragem da PF, em Curitiba, no início de dezembro (Foto: Reprodução/GloboNews) |
O ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato de Souza Duque voltou a ser preso nesta segunda-feira (16),
quando teve início a décima fase da Operação Lava Jato.
Entre os crimes investigados nesta etapa estão associação criminosa, corrupção
ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em
licitação.
Duque foi preso na casa dele,
no Rio de Janeiro. O empresário paulista Adir Assad, investigado na CPI do
Cachoeira, também foi preso. Ambas as prisões são preventivas.
A PF cumpre 18 mandados desde as 6h desta
segunda-feira no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com a corporação,
além dos dois mandados de prisão preventiva, serão cumpridos quatro mandados de
prisão temporária e 12 mandados de
busca e apreensão. Todos os presos devem ser
levados para o Paraná.
A prisão temporária tem prazo
de cinco dias. A prisão preventiva não tem data para terminar, dependendo de
decisão judicial.
A décima fase da operação foi
batizada de "Que país é esse?" e conta com 40 policiais federais.
Em janeiro um documento foi
encaminhado pelo procurador Rodrigo Janot ao ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal (STF),pedindo a revogação do habeas corpus de
Duque. O ex-diretor já havia sido preso durante a sétima fase da Operação Lava
Jato, em dezembro, mas conseguiu um alvará de soltura dias depois. Janot
considerava que Duque poderia fugir do país.
Duque foi apontado por dois delatores
da Lava Jato como um dos funcionários da Petrobras que recebiam propinas de
empresas que firmavam contratos com a estatal. O nome dele aparece em
depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e
de Pedro Barusco, que era gerente de Serviços e subordinado de Duque na
estatal. O doleiro Alberto Youssef também citou o nome de Duque em depoimentos
referentes aos desvios da Petrobras.
O ex-diretor da Petrobras
havia deixado a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no dia 3 de
dezembro. O habeas corpus concedido a ele foi assinado pelo ministro Zavascki,
que acatou um pedido da defesa para revogar uma decisão do juiz federal Sérgio
Moro, o qual decretou a prisão preventiva do executivo da Petrobras.
O advogado Alexandre Lopes de
Oliveira, que representava Duque à época da prisão do ex-diretor, foi procurado
pelo G1, mas não foi encontrado para comentar o documento assinado
por Janot.
Fonte:
G1