Na
próxima quarta-feira (2), a Câmara dos Deputados vai analisar a denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra o presidente da República, Michel Temer,
por corrupção passiva (SIP 1/27). A autorização para que Temer seja julgado pelo
Supremo Tribunal Federal será votada pelo Plenário da Câmara e, para ser
aceita, precisa do apoio de 342 deputados.
Durante
a votação, os parlamentares vão se pronunciar sobre o relatório do deputado
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pede a rejeição da denúncia. Portanto, no
momento da votação, os deputados favoráveis ao afastamento de Temer devem dizer
"não" ao relatório e os contrários à saída de Temer precisam dizer
"sim" ao parecer.
Procedimentos

Iniciada a Ordem do Dia, o relator Abi-Ackel falará por 25 minutos, seguido pelo presidente Temer ou seu advogado, por mais 25 minutos.
Após falarem 4 oradores, dois contrários e dois favoráveis ao afastamento, poderá ser apresentado requerimento de encerramento de discussão, desde que ao menos 257 deputados tenham registro presença.
Já a
votação propriamente dita somente poderá ser iniciada com o registro de
presença de 342 deputados.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, a ordem de votação dos estados será a mesma adotada na votação do impeachment da Dilma: os parlamentares serão chamados em ordem alfabética, por Estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, a ordem de votação dos estados será a mesma adotada na votação do impeachment da Dilma: os parlamentares serão chamados em ordem alfabética, por Estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa.
"Atropelo"
A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), acredita que o rito definido é um atropelo ao debate da denúncia contra Temer. "Gostaríamos que todos os líderes falassem, todos os inscritos falassem. É um processo criminal, pior que um impeachment. Acho que é uma restrição ao debate, uma proteção ao presidente