Segundo Camargo, o ex-senador Gim
Argello (PTB) preso na terça-feira (12/4) na operação Vitória de Pirro, 28ª
fase da Lava Jato, cobrou R$ 5 milhões de cada empresa para livrá-las das CPIs.
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Em novo depoimento aos investigadores da Lava-Jato o lobista e delator Júlio
Camargo indicou que o esquema de propinas para evitar a convocação de
empreiteiros em duas CPIs da Petrobras em 2014 teria sido muito maior do que o
revelado até agora pela Lava-Jato. Segundo Camargo, o ex-senador Gim Argello
(PTB) preso na terça-feira, 12, na operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava
Jato, cobrou R$ 5 milhões de cada empresa para livrá-las das CPIs.
O novo depoimento de Julio Camargo ocorreu na quinta-feira, 14, em Curitiba, base da Lava-Jato.
O novo depoimento de Julio Camargo ocorreu na quinta-feira, 14, em Curitiba, base da Lava-Jato.
Ele é o delator que em 2015 revelou ter sido pressionado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), por uma propina de US$ 5 milhões. O relato do lobista teve peso decisivo na denúncia que a Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Até aqui a Lava Jato identificou R$ 5,3 milhões que teriam sido pagos a Gim Argello. Uma parte repassada pela UTC (R$ 5 milhões) destinada aos quatro partidos da Coligação União e Força, nas eleições de 2014 - o Ministério Público Federal destaca que não há informação de que as legendas soubessem da origem ilícita dos valores.
Outra parte foi depositada pela OAS (R$ 350 mil) na conta da Paróquia São Pedro, de Taguatinga - cidade satélite de Brasília -, frequentada pelo ex-senador.
Em troca desses repasses os empresários Ricardo Pessoa, da UTC, e Léo Pinheiro, da OAS, não foram chamados para dar explicações às duas CPIs. Em nenhuma das duas comissões houve convocação dos empresários para