quinta-feira, 12 de março de 2015

Eduardo Cunha diz que Cid Gomes virá à Câmara na próxima quarta

Presidente da Câmara também comentou que a manutenção do veto sobre a correção da tabela do IR foi fruto de uma negociação entre o Governo e o Congresso.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou que a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes, foi remarcada para a próxima semana (quarta-feira). O comparecimento de Cid Gomes estava previsto para esta quarta-feira, mas o ministro enviou atestado para justificar sua ausência. Ele foi convocado para explicar a declaração em que teria dito que há no Congresso "300 ou 400 achacadores" que se aproveitam da fragilidade do governo.
Segundo Eduardo Cunha, o ministro Cid Gomes deve explicações à Câmara.
"Se, eventualmente, ele ficou doente e foi verdade que ele ficou doente, ele vai ter a oportunidade de vir na próxima quarta-feira. Nós vamos designar uma
comissão para ir lá e verificar essa real situação. Vou fazer isso agora. Então, essa comissão vai lá verificar o que aconteceu, se teve ou não teve, até porque a ausência de um ministro de Estado convocado na data determinada importa em crime de responsabilidade. Até para isentá-lo da culpabilidade de um crime de responsabilidade, nós vamos fazer esta verificação. Agora, ele deve explicações a esta Casa. Esta Casa não está satisfeita com esse comportamento agressivo e arrogante do ministro Cid Gomes."
O presidente Eduardo Cunha também comentou sobre a manutenção do veto presidencial que corrigia em 6,5% a tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas. Após várias negociações entre os líderes da base aliada e ministros do governo, a presidente Dilma Rousseff resolveu editar Medida Provisória (MP 670/15) com um reajuste de 6,5% para a primeira e segunda faixas da tabela do Imposto de Renda e escalonado até 4,5% nas faixas superiores. Antes o governo defendia um reajuste geral de 4,5% para todas as cinco faixas.
Para Eduardo Cunha, a negociação é o caminho para resolver questões polêmicas como esta.
"É uma vitória a negociação. Aquilo que é feito negociado com o Congresso, sempre acaba tendo bons resultados. Se o governo agir sempre assim, certamente colherá muitos resultados positivos, que não será nem uma vitória do governo, nem uma derrota do governo. Será uma vitória da sociedade, na medida em que o Poder Executivo e o Legislativo acabem encontrando a melhor solução para os projetos que estão em andamento e para as necessidades e demandas da sociedade. Eu achei que foi uma vitória de todos. Não foi uma vitória única e exclusivamente do governo, como não seria uma derrota. O que aconteceu foi que se encontrou um caminho."
Sobre a sessão da Câmara convocada para esta quinta-feira, Eduardo Cunha adiantou que está fora de pauta o projeto que trata da dívida dos clubes de futebol, conhecido como Proforte. De acordo com o presidente, a proposta será votada na próxima semana (terça-feira). Quanto à presença dos deputados, Eduardo Cunha foi taxativo.
"Vai ter falta para quem não comparecer. Cada um vai arcar com seu bolso a sua responsabilidade de comparecer ao Parlamento. Sessão normalmente às 14 horas, Ordem do Dia às 16h30 e vamos encerrar às 19h, como eu prometi. Quem não votar até às 19h, vai tomar falta."
Eduardo Cunha comentou ainda que vai levar ao Colégio de Líderes pedido do ministro Gilmar Mendes, com quem se reuniu nesta quarta-feira. O ministro veio à Câmara e defendeu a retomada do andamento dos projetos do chamado Pacto Republicano. O pacto é um conjunto de ações para tornar a Justiça brasileira mais ágil e acessível. São propostas que tratam de temas como abuso de autoridade, mandado de injunção e responsabilidade civil do Estado.
Reportagem — Idhelene Macedo


Fonte: Radio Câmara