terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Proibição da Venda de Bebidas Alcoólicas para Menores e os Riscos na Volta às Aulas

foto: internet

Com o início do ano letivo nas escolas públicas, uma preocupação crescente recai sobre a comercialização de bebidas alcoólicas nas proximidades das instituições de ensino. A vulnerabilidade de crianças e adolescentes diante da pressão social e da facilidade de acesso ao álcool exige uma fiscalização rigorosa e a atenção da sociedade para evitar que o consumo precoce afete o desenvolvimento físico e psíquico dos jovens.

A Súmula 669 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aprovada em 12 de junho de 2024, reforça essa proteção ao estabelecer que o fornecimento de bebidas alcoólicas a menores de idade é crime, conforme previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esse dispositivo legal foi aprimorado com a Lei 13.106, de 17 de março de 2015, tornando o crime ainda mais claro e aplicável a qualquer pessoa que facilite o acesso de menores ao álcool.

Responsabilidade e Consequências

O crime previsto no artigo 243 do ECA é considerado comum, ou seja, qualquer pessoa pode cometê-lo, incluindo comerciantes, funcionários de estabelecimentos e até transeuntes que fornecem bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes. O objetivo da lei é proteger a saúde física e psicológica dos menores, prevenindo impactos negativos no desenvolvimento e na segurança pública.

Dentre as penalidades para os infratores, destacam-se:

  • Detenção de dois a quatro anos e multa para quem fornecer bebida alcoólica a menores;
  • Interdição do estabelecimento comercial, caso haja reincidência ou descumprimento das normas;
  • Responsabilidade solidária dos proprietários e gerentes de bares e distribuidoras, que devem exigir documento de identidade dos consumidores antes da venda.

Fiscais e Comunidade Devem Estar Atentos

A preocupação com a vulnerabilidade dos adolescentes aumenta diante da pressão de alguns donos de estabelecimentos que tentam lucrar com a venda indiscriminada de álcool. A proximidade de bares e distribuidoras de bebidas com escolas é um fator de risco, tornando fundamental que fiscais, comunidade escolar e autoridades policiais estejam atentos para coibir infrações e responsabilizar os envolvidos.

O combate ao consumo precoce de álcool é uma medida essencial para garantir um futuro mais seguro e saudável para as novas gerações. A fiscalização eficaz, aliada à conscientização da população, é o caminho para impedir que menores tenham acesso a substâncias prejudiciais e para que os estabelecimentos comerciais cumpram seu papel na preservação da juventude.

Carnaval e a Proibição de Venda de Bebidas para Menores

Durante o período do Carnaval, a fiscalização sobre a venda de bebidas alcoólicas a menores deve ser intensificada, uma vez que as festividades aumentam a exposição dos adolescentes ao consumo indevido de álcool. As autoridades e organizadores de eventos devem reforçar as ações de prevenção, garantindo que estabelecimentos e ambulantes respeitem a legislação vigente. O descumprimento das regras pode resultar em severas penalidades, assegurando que o Carnaval seja um momento de diversão sem riscos para a juventude.

 

fonte: a redação