quinta-feira, 26 de março de 2015

Câmara dificulta condicional para condenados por crime hediondo e tráfico de drogas

Os deputados também aprovaram aumento da pena para quem induzir adolescente ao crime
As votações desta quarta-feira no Plenário da Câmara foram dedicadas a propostas relacionadas à segurança pública.
Os deputados aprovaram projeto que aumenta o tempo de pena que o condenado por crime hediondo, prática de tortura, tráfico de drogas ou terrorismo tem de cumprir antes de poder sair em liberdade condicional. Atualmente, esse tempo é de dois terços da pena, e a proposta aumenta para quatro quintos da pena. O projeto segue para o Senado.
Também vai ao Senado proposta aprovada que aumenta a pena para quem induzir menores de idade a praticar  crimes de homicídio, lesão corporal grave ou seguida de morte, roubo e compra e venda de drogas.
E já segue para sanção presidencial texto aprovado que obriga os cartórios de registro civil a comunicar as ocorrências de óbito à secretaria de Segurança Pública do estado que emitiu a carteira de identidade. O objetivo é prevenir fraudes usando os
nomes de pessoas mortas.
O deputado Alessandro Molon, do PT do Rio de Janeiro, acredita que a proposta protege as famílias.
"Infelizmente são muitos os casos em que, depois de um óbito, se usa o número do CPF ou da identidade para assumir dívidas em nome do morto, e a família que perdeu o parente e que já sofre com a perda a todo momento é revitimizada, sendo obrigada a procurar os órgãos, a esclarecer que o parente não fez a dívida, a continuar limpando o nome de uma pessoa morta."                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Edson Lopes Jr./Governo de São Paulo
Deputados também aprovaram projeto que assegura mamografia a mulheres a partir dos 40 anos pelo SUS
Além das propostas da área de segurança, o Plenário aprovou nesta quarta projeto que revoga decisão do Ministério da Saúde de priorizar o pagamento de mamografia, exame que ajuda a detectar câncer de mama, para mulheres com idade entre 50 e 69 anos. O objetivo é evitar a recusa do exame às mulheres na faixa de idade de 40 a 49 anos no Sistema Único de Saúde.
Autora da proposta, a deputada Carmen Zanotto, do PPS de Santa Catarina, defendeu a importância de investimento na mamografia.
"Se nós conseguirmos salvar uma mulher no país porque a gente conseguiu fazer a detecção precoce e o tratamento, nós já somos homens e mulheres de sucesso porque somos homens e mulheres comprometidos com o conjunto da população brasileira."
A proposta que muda a decisão do Ministério da Saúde ainda precisa ser analisada no Senado.
E, ainda nesta quarta-feira, o presidente Eduardo Cunha anunciou que vai abrir processo administrativo contra qualquer assessor de deputado que esteja votando. Segundo Eduardo Cunha, assessores têm levantado a mão durante o processo de votação simbólica para fazer número e rejeitar matérias. Segundo o presidente, a fraude do processo legislativo precisa ser punida de forma exemplar.
Reportagem – Paula Bittar


Fonte: Radio Agencia