A proposta de restrição do
passe livre estudantil, a manutenção do secretário de Educação e a relação do
governador com a Câmara Legislativa reforçam o perfil determinado de Ibaneis
Rocha. Segundo semestre prevê embates com servidores públicos
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O governador Ibaneis Rocha no centro das atenções: as decisões mais importantes passam pelo crivo do chefe do Palácio do Buriti(foto: Ed Alves/CB/D.A Press) |
Os
seis primeiros meses de gestão de Ibaneis Rocha sedimentaram o estilo do
governador. Ele demonstra perfil mais centralizador e, entre seus secretários,
nenhum tem protagonismo ou destaque. A discrição é a regra entre os integrantes
do primeiro escalão, e todas as ações importantes do Executivo local
obrigatoriamente passam pela cúpula do Palácio do Buriti. Ibaneis, às vezes,
toma decisões e faz anúncios sem planejamento, pegando de surpresa assessores
mais próximos. Um exemplo disso é a proposta de restringir o benefício do passe
livre, anunciada durante uma entrevista, em fevereiro, sem que os técnicos
responsáveis estivessem cientes da divulgação do projeto de lei.
Ibaneis
também demonstrou que não cede facilmente a pressões. Um episódio que demonstra
isso foi a manutenção do secretário de Educação, Rafael Parente, no cargo,
apesar das reclamações da bancada evangélica. Defensores do programa Escola sem
Partido, deputados e grupos conservadores fizeram protesto pedindo a cabeça de
Parente. Mas o chefe do Buriti aposta muito no perfil técnico do secretário da
pasta e não cogitou voltar atrás.