Reforma do Ulysses Guimarães
custou R$ 131 milhões entre 2003 e 2008. Construtora nega; ex-gestores da
Novacap não foram encontrados.
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O Ministério Público do Distrito Federal entrou com ação
na Justiça contra os envolvidos na reforma do Centro de Convenções Ulysses
Guimarães, concluída em 2008. A obra durou cinco anos e custou R$ 131 milhões.
Um levantamento do Tribunal de Contas do DF aponta superfaturamento de R$ 20
milhões no projeto.
Segundo o tribunal, o
sobrepreço chegou a 200% na instalação do quadro elétrico e dos vasos
sanitários, e 181% no orçamento das luminárias. Paredes de vidro, divisórias de
banheiro e chapas de alumínio foram compradas por preço 28% maior que a média
de mercado, aponta o levantamento.
A ação civil pública pede que
a construtora OAS, citada na Operação Lava Jato da Polícia Federal, e cinco
ex-funcionários da Novacap, incluindo dois ex-presidentes, devolvam os R$ 20
milhões aos cofres públicos. O processo foi protocolado no
Tribunal de Justiça
do DF e os réus serão convocados para apresentar defesa.
Em nota, a OAS afirmou que
exerce suas atividades pautada pela "conduta ética" e pelo
"respeito às leis". A construtora nega as acusações de
superfaturamento.
O engenheiro eletricista
Antônio Lourival Cardoso, que atuava na fiscalização da obra junto à Novacap,
afirmou à TV Globo que já foi inocentado em outro processo judicial sobre o
mesmo tema. Os outros quatro ex-funcionários da Novacap citados na ação do MP
não foram localizados pela TV Globo e pelo G1.
Durante as obras, o Tribunal
de Contas determinou que a Novacap e a construtora OAS revissem os preços. O
valor parcial dos itens analisados deveria cair de R$ 58 milhões para R$ 51
milhões, o que não aconteceu. Segundo a corte, documentos apreendidos na sede
da OAS mostravam que ela reduziu o orçamento de alguns itens, mas compensou
aumentando o valor em outros.
Fonte:
G1