As 13
deputadas do PT e do PCdoB não votaram, em protesto contra a nova divisão dos
cargos pelos partidos
A bancada
feminina elegeu nesta quarta-feira a deputada Dâmina Pereira (PMN-MG) como a
nova Coordenadora dos Direitos da Mulher e reconduziu a deputada Elcione
Barbalho (PMDB-PA) para a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados.
Também
foram eleitas as deputadas Flávia Morais (PDT-GO), Carmen Zanotto (PPS-SC) e
Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) como coordenadoras-adjuntas, e as
deputadas Gorete Pereira (PR-CE) Keiko Ota (PSB-SP) e Rosangela Gomes (PRB-RJ)
como procuradoras-adjuntas.
As 13
deputadas do PT e do PCdoB não votaram, em protesto ao que classificam como
"uma afronta à autonomia da bancada feminina". A Mesa Diretora da
Câmara definiu que a eleição para os dois cargos deveria seguir a
proporcionalidade dos blocos parlamentares, a exemplo do que já acontece com as
comissões. Até então, os cargos eram
divididos entre os partidos com maior
número de mulheres, sem levar em conta os blocos.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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Dâmina Pereira (E) e Elcione Barbalho (D), eleitas nesta quarta-feira |
Protestos
do PT
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi contra a nova metodologia. Ela defendeu que o PT, que tem o maior número de mulheres, ocupasse a coordenação da bancada. "Nós, mulheres do PT, vamos continuar unidas a todas as mulheres. Nem o presidente Eduardo Cunha nem ninguém poderá nos separar. Apenas não votamos porque houve um interdição à nossa presença no comando da bancada feminina", disse.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi contra a nova metodologia. Ela defendeu que o PT, que tem o maior número de mulheres, ocupasse a coordenação da bancada. "Nós, mulheres do PT, vamos continuar unidas a todas as mulheres. Nem o presidente Eduardo Cunha nem ninguém poderá nos separar. Apenas não votamos porque houve um interdição à nossa presença no comando da bancada feminina", disse.
Para a
deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), a ausência das deputadas do PT na eleição das
novas representantes da bancada é contrária à luta das parlamentares. "Nós
não representamos nem 10% da Câmara. A mulheres precisam se unir. As regras da
Casa foram colocadas e regimentadas pelo presidente. A retirada das deputadas
do PT, porque não vão disputar o cargo máximo, só nos causa um sentimento de
tristeza", desabafou.
A
Secretaria da Mulher foi criada na Câmara em 2013. Essa estrutura uniu a
Procuradoria da Mulher, criada em 2009, e a Coordenadoria dos Direitos da
Mulher, que representa a Bancada Feminina.
Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Patricia Roedel
Edição - Patricia Roedel
Fonte: Agência Câmara Notícias