A preguiça mental dos
petistas para pensar, projetar e executar projetos está levando o Brasil a
bancarrota. Como num país capitalista que tudo é feito com e para o dinheiro, o
governo do PT consegue a façanha de ser ainda mais selvagem quando se trata de resolver
os problemas sociais a curto prazo usando o dinheiro do contribuinte. É o caso,
por exemplo de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad acaba de criar o
“Bolsa Crack”, que vai destinar 15 reais a 400 craqueiros da cracolândia, no
Centro da capital, para higienizar o local onde eles mesmos moram em 160
barracas que servem de abrigo e incomodam, segundo a prefeitura, os olhos dos
turistas e moradores da cidade.
O Brasil hoje tem bolsa
pra tudo. Basta o governo identificar um problema social que logo saqueia
o bolso do contribuinte para resolver a situação sem ao menos discutir o
problema. Esse é retrato, sem retoque, de um governo incompetente que não
encontra saída inteligente para os grandes males que afligem o país. É mais
fácil sacar dinheiro do tesouro para amenizar situações com soluções
improvisadas e imediatistas do que pensar, planejar e executar um projeto a
médio ou a longo prazo. ...
A epidemia do crack no
Brasil não se resolve com R$ 15 reais. O problema é mais sério. A situação hoje
é de calamidade e de saúde pública. Os craqueiros nada mais são do que vítimas
impotentes de um governo estabanado que abandonou os investimentos sociais para
projetar um “Avante Brasil”, ou o “Brasil do Milagre Econômico” , slogans
apregoados pela ditadura para esconder o Brasil real, a exemplo do que faz o PT
quando manipula os índices econômicos e aumenta impostos à revelia numa atitude
autoritária só dispensada aos déspotas.
Você lembra dos primeiros
comerciais da Dilma, candidata a presidente em 2010? Então, vou refrescar a sua
memória. Em maio de 2010, a
Dilma se apresentou na televisão em vários spots do PT com o slogan: “Brasil
contra Crack” em que convocava a sociedade para uma brigada contra a droga que
afetava a família brasileira. Ao ser cutucada pelo candidato tucano José Serra
que a chamou de demagoga por tratar com tanta leviandade o problema do droga,
quando se sabia que o PT era parcimonioso com Evo Morales, presidente
boliviano que incentiva o plantio da cocaína, base do crack, em seu território,
Dilma saiu-se com essa: “Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com
soberba para países diferentes de nós. Essa é a política imperialista que leva
à guerra, leva ao conflito, leva ao desprezo”. Quase quatro anos depois, os
fatos mostram que o governo brasileiro fechou os olhos para o seu “irmão”
traficante a escancarou o mercado da droga vindo da Bolívia.
O governo de Hadad, que
vai de mal a pior em São Paulo, é o reflexo do que o marketing político pode
produzir. Ele é, na verdade, o espelho da Dilma no Brasil: inexperiente e
descoordenado do mundo real, mas ambos empurrados de goela adentro do eleitor
como bons administradores. Haddad remunera em R$ 15 reais os craqueiros para
que eles ajudem nos serviços de rua. Oferece também alimentação e casas de
triagem como se o problema se resolvesse com esses artifícios imediatistas.
A política petista para
esse problema foi abandonada pela própria Dilma quando não liberou recursos
para combater a epidemia que já afeta mais de um milhão e meio de pessoas no
Brasil, ao contrário da propaganda que produziu na campanha eleitoral. O
programa “Crack, é possível vencer” teve um desembolso de apenas 166 milhões de
reais do total de 558 milhões, ou seja: 30% do que foi projetado para gastar.
Isso mostra que a Dilma esqueceu os compromissos de campanhas, o que compromete
suas promessas futuras nas eleições deste ano.
O Tribunal Superior
Eleitoral, portanto, faz vista grossa as promessas de campanhas. Uma lei do
próprio TSE exige o cumprimento das propostas dos candidatos vitoriosos. Ao
contrário da regra dos contraventores cariocas, nas campanhas eleitorais “não
vale o que está escrito”.
Fonte:
Jorge Oliveira-Portal Diário do Poder - 12/01/2014