Por Jurana Lopes
Na próxima segunda-feira (3 de fevereiro) os
trabalhos da CLDF voltam à sua normalidade e os deputados iniciam o último ano
do atual mandato.
A preocupação na volta do recesso é com o rendimento
do trabalho da casa, já que os distritais fecharam o ano passado com o menor
número de propostas aprovadas nesta legislatura. Foram 612 proposições contra
754, em 2012, e 707, em 2011. Quase a metade (48%) é de requerimentos, moções
de apoio ou concessão de título de cidadão honorário. ...
A CLDF também aprovou em 2013 mais propostas de
autoria do governo do que apresentadas pelos próprios distritais. Dos 264
projetos de lei que passaram pela casa em 2013, 143 eram de autoria do Poder
Executivo, o equivalente a 54% do total. Até mesmo governistas criticaram a
condescendência da Câmara com relação ao Governo do Distrito Federal e defendem
que haja mais engajamento dos deputados
para debater e aprovar projetos de
autoria do próprio Legislativo. Como o ano 2014 tem eleições e de quebra, ainda
tem a Copa do Mundo sendo realizada no Brasil, a expectativa é de que os
deputados distritais dediquem ainda menos atenção às atividades legislativas,
passando mais tempo à procura de votos para as eleições.
Prioridades na câmara
Para a distrital Celina Leão (PDT), 2014 será
um ano agitado, de grandes mudanças e bastante discussões. “A minha expectativa
é grande, temos que fazer um grande debate em cima da Luos e do PPCUB, pois são
projetos polêmicos. Além disso, eu particularmente espero que haja mais independência
da Câmara, pois no ano passado votamos mais projetos do governo que projetos de
autoria dos próprios deputados. Espero que essa situação mude, pois o
Legislativo local não pode ser subordinado ao Executivo, isso pega até mal para
os próprios parlamentares”. Para ela, as eleições podem até atrapalhar, mas
somente no segundo semestre.
Fonte:
Jornal O Coletivo - 29/01/2014 - - 11:45:19