quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Conta de água sobe 23 vezes em apenas quatro meses


Pode uma conta residencial de água subir 23 vezes em apenas quatro meses? Aquilo que parecia impossível, tornou-se uma triste realidade para a professora Laura Fernandes, 38 anos. Com apenas três pessoas morando em sua casa, o gasto com o abastecimento de água saltou de R$ 99,78, em setembro, para R$ 2.207,10, em dezembro. ...


O abuso levou à inadimplência, e agora a moradora pode ter a água cortada em até 60 dias. “Eu não posso pagar por uma coisa que eu não usei? Para ter um gasto tão grande, só se eu tivesse uma piscina na varanda do meu apartamento”, disse indignada. Ela ainda
informou que no mês de dezembro, a família viajou por cerca de dez dias, período em que o apartamento ficou fechado.


Segundo a professora, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) respondeu a ela que não há problemas com o valor da conta. “Liguei na companhia e reclamei que a conta tinha subido muito de outubro para dezembro. Eles falaram que viriam aqui ver se havia algum problema. Vieram e disseram que não tinha nada errado”, relatou. Em outubro, o valor era de R$ 176,96 e em novembro saltou para R$ 278,18.


Ao abrir a conta de dezembro, ela levou um susto. “Eu olhava e via R$ 200, mas depois percebi que se tratava de R$ 2 mil”, contou.


Segundo a assessoria da Caesb, foi constatada normalidade no hidrômetro, mas pode haver vazamento.


Despesas e aborrecimento

Enquanto a solução não vem, a moradora continua tendo despesas e aborrecimento. “Além de ser um aumento muito estranho, a Caesb disse que não pode fazer nada se não tem problema de vazamento no hidrômetro do prédio”. relatou a professora. Segundo ela, um bombeiro hidráulico foi contratado para identificar possíveis vazamentos, e nada foi encontrado. Laura infomou que nenhum vizinho no prédio reclamou de qualquer problema dessa natureza. Se por acaso houvesse um vazamento tão grande assim nomeu apartamento, eu deveria estar nadando em um piscina na minha varanda”, brinca. Ela já agendou três visitas de um profissional que cobra em média R$ 70 a diária. “Estou com muitos gastos e não vou pagar esse valor todo, sempre tive os pagamentos da Caesb agendados, agora cancelei”, destaca.


Ela solicitou uma nova vistoria, e a companhia informou ter até o dia 6 de fevereiro para realizar o procedimento. A Caesb informou ainda que a cliente terá direito a uma aferição do hidrômetro, quando será possível constatar se o aparelho está funcionando normalmente.

SAIBA MAIS 

O drama da professora Laura foi parar o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), onde ela está buscando uma conciliação com a Caesb.

O Procon-DF diferencia atendimento de reclamação. Quando o consumidor procura o órgão com uma queixa, ela entra no sistema como atendimento.

Se não for resolvdia no prazo de dez dias, e o Procon tiver que enviar um Termo de Notificação ao Fornecedor, passa a reclamação fundamentada.



Fonte: Jornal de Brasília - 23/01/2013