Investigação apontou que narcotraficantes usaram o banco para lavar milhões de dólares. Executivos reconheceram problemas e o chefe de controle renunciou ao cargo
O Senado
americano divulgou nesta terça-feira (17) um relatório no qual acusa o banco
HSBC de ter permitiu a lavagem de dinheiro de narcotraficantes do México e de
fundos provenientes de países como o Irã. ...
A subcomissão de pesquisas permanentes do Senado se reuniu hoje para analisar os resultados do documento, que revela que os cartéis mexicanos usaram as filiais do banco para realizar operações que os permitiu lavar o dinheiro procedente da droga. O relatório considera que os
poucos mecanismos de controle
do banco e a falta de ação dos reguladores permitiram aos cartéis lavar milhões
de dólares por meio de suas operações nos EUA.A subcomissão de pesquisas permanentes do Senado se reuniu hoje para analisar os resultados do documento, que revela que os cartéis mexicanos usaram as filiais do banco para realizar operações que os permitiu lavar o dinheiro procedente da droga. O relatório considera que os
O presidente da subcomissão, o democrata Carl Levi, ressaltou no começo da audiência a "grande preocupação da subcomissão e de todos os americanos pelo comportamento durante anos do banco, que não tomou nenhuma ação formal ou informal" para evitar estas operações de lavagem.
A subcomissão realizou uma investigação de um ano, na qual revisou 1,4 milhão de documentos, incluindo históricos bancários, correspondências e e-mails, e entrevistou 75 funcionários de alta função no HSBC e em suas filiais, assim como reguladores bancários americanos. O objetivo era analisar "as vulnerabilidades que a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo cria quando um banco global utiliza sua filial nos EUA".
A investigação do Senado analisou também as operações do HSBC na Arábia Saudita com o banco Al Rajhi, que, como disse Levi, teve um de seus principais dirigentes vinculado à rede terrorista Al Qaeda.
Quanto ao Irã, a subcomissão disse que a divisão do banco no Oriente Médio ocultou e omitiu em seus relatórios qualquer referência a este país para evitar os filtros do Escritório para o Controle de Bens Estrangeiros dos EUA (OFAC, na sigla em inglês).
Os executivos de HSBC enviaram uma mensagem a seus funcionários nesta semana na qual reconheceram que seus "controles contra a lavagem de dinheiro deveriam ter sido mais fortes e eficazes", e asseguraram que estão dispostos a assumir responsabilidades e tomar medidas.
O chefe do departamento de controle do banco britânico HSBC, David Bagley, anunciou sua renúncia nesta terça-feira, após a divulgação do relatório do Senado.
"Recomendei ao grupo que agora é o momento adequado, para mim e para o banco, que alguém novo sirva como chefe de controle do grupo", afirmou o executivo, que concordou em trabalhar com o banco para que haja uma "transição ordenada".
Fonte:
ÉPOCA com EFE - 17/07/2012