Após sucessivos “choques de ordem”, com ações governamentais que
reprimiram ocupações de terra e chegaram a demolir construções, seria de
se esperar um arrefecimento nas permanentes ofensivas de invasores no
Distrito Federal. Reportagem desta edição do Jornal de Brasília mostra
que, infelizmente, não foi isso o que aconteceu. Ao contrário, a
indústria da grilagem continua em alta na capital. ...
Como acontecia nos tempos em que governos fechavam os olhos, terrenos públicos e particulares estão sendo invadidos e os parcelamentos
surgem
da noite para o dia – o que tem pedido um maior esforço do GDF. Dados da
Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) mostram que 3.988
edificações foram erradicações no primeiro semestre do ano.
Como acontecia nos tempos em que governos fechavam os olhos, terrenos públicos e particulares estão sendo invadidos e os parcelamentos
O que explicaria essa reincidência brutal? É fácil: a impunidade. Após todas as operações, apenas sete pessoas foram presas e cinco inquéritos estão abertos por parcelamento irregular do solo. Com isso, os grileiros de sempre ganham novo impulso, em geral aproveitando áreas já ocupadas ou em regularização. A tolerância inerente às invasões de moradores de rua, em plenos centros urbanos, faz o resto.
Fonte: Jornal de Brasília - 17/07/2012