Antes de reassumir cargo de procurador, porém,
ex-senador deve passar por procedimento disciplinar
Cassado por
quebra de decoro parlamentar no Senado, Demóstenes Torres reassume o cargo de procurador no
Estado de Goiás, de onde estava licenciado desde 1999, com salário de R$ 22
mil. Isso sem considerar os benefícios do cargo.
O salário atual de um senador é de R$ 26,7 mil.
Porém, antes de reassumir o cargo no Ministério
Público de Goiás, onde ingressou em 1983, Demóstenes deve enfrentar um
procedimento disciplinar. Quando retomar as atividades, o ex-senador volta a
atuar na 27ª Procuradoria de Justiça.
A Corregedoria-Geral do ministério
informou, em nota divulgada nesta quarta-feira (11), que aguardava apenas a
publicação da decisão do plenário no Diário do Senado para estabelecer um
procedimento disciplinar. O objetivo é averiguar se Demóstenes cometeu alguma
possível falta funcional.
Até o momento, nada foi feito porque
as acusações e suspeitas que pairam sobre a figura de Demóstenes estão
restritas a sua atuação como senador, não havendo nada vinculado ao seu
trabalho no Ministério Público.
Tão logo a decisão do Senado seja publicada, a licença de
Demóstenes perde a validade.
Conforme informado ao R7 nesta quarta-feira (11) pelo
advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kalay, o ex-senador
segue com foro privilegiado por seu vínculo com o MP de Goiás. Deste modo, o
processo do STF (Supremo Tribunal Federal) deverá ser julgado pelo Tribunal de
Justiça de Goiás.
Caso Demóstenes seja desligado do MP, seu julgamento
fica a cargo da Justiça Federal de Goiás.
Fonte: R7