terça-feira, 31 de julho de 2012

Relatório da PF dá nomes de contratantes da arapongagem no GDF


Um relatório de análise de eventos na Operação Monte Carlo, que é guardado a sete chaves, revela os nomes da cúpula que financiou a invasão de sigilos de diversas pessoas, inclusive políticos. ...

Um detalhe chama atenção, o araponga Tomé, ex-agente da Policia Federal, repassava por telefone os supostos conteúdos captados pelas quebras de sigilos telemáticos a Idalberto Matias, o Dadá. Após digitar os conteúdos, Dadá os entregava a Marcelão - agente da Polícia Civil do DF à época lotado na Casa Militar, "que tinha pressa em entregá-los" a Cláudio Monteiro - ex-chefe de gabinete do Governador Agnelo Queiroz.

 Em um dos trechos Dadá reclama a Tomé que “o material tem que ser
entregue on-line - em tempo real" para que os contratantes tenham tempo de tomar providências.

Depois de conhecidos os diálogos,  as pessoas arapongadas hoje sabem que os investigados na Operação Monte Carlo, Dadá e Tomé, realmente quebraram os sigilos de muitos, eram tantos, que chegaram a confundir os diálogos e  quando não tinham material a entregar aos contratantes, fabricavam diálogos imputando aos arapongados a autoria dos mesmos. Ou seja, os contratantes do esquema criminoso pagaram caro por informações mentirosas.

O relatório datado de 15/03/2012 contém 18 páginas e é assinado por dois agentes federais. 

Quem teve acesso ao conteúdo do material expedido pelo núcleo de inteligência diz que sua revelação explicará em detalhes como tudo acontecia dentro da sede do governo local.



Fonte: Edson Sombra - 31/07/2012