Um
relatório de análise de eventos na Operação Monte Carlo, que é guardado a sete
chaves, revela os nomes da cúpula que financiou a invasão de sigilos de
diversas pessoas, inclusive políticos. ...
Um detalhe chama
atenção, o araponga Tomé, ex-agente da Policia Federal, repassava por telefone
os supostos conteúdos captados pelas quebras de sigilos telemáticos a Idalberto
Matias, o Dadá. Após digitar os conteúdos, Dadá os entregava a Marcelão - agente
da Polícia Civil do DF à época lotado na Casa Militar, "que tinha pressa
em entregá-los" a Cláudio Monteiro - ex-chefe de gabinete do Governador
Agnelo Queiroz.
Em um dos
trechos Dadá reclama a Tomé que “o material tem que ser
entregue on-line - em
tempo real" para que os contratantes tenham tempo de tomar providências.
Depois de
conhecidos os diálogos, as pessoas arapongadas hoje sabem que os
investigados na Operação Monte Carlo, Dadá e Tomé, realmente quebraram os
sigilos de muitos, eram tantos, que chegaram a confundir os diálogos e
quando não tinham material a entregar aos contratantes, fabricavam diálogos
imputando aos arapongados a autoria dos mesmos. Ou seja, os contratantes do
esquema criminoso pagaram caro por informações mentirosas.
O relatório
datado de 15/03/2012 contém 18 páginas e é assinado por dois agentes federais.
Quem teve acesso
ao conteúdo do material expedido pelo núcleo de inteligência diz que sua
revelação explicará em detalhes como tudo acontecia dentro da sede do governo
local.
Fonte:
Edson Sombra - 31/07/2012