O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel
Chalita, negou nesta quinta alinhamento com o PT para atacar a
candidatura do tucano José Serra. O peemedebista admitiu que se inspira no
resultado da última eleição para a Prefeitura de São Paulo, quando Gilberto
Kassab (então do DEM) venceu a polarização entre o PT, de Marta Suplicy, e o
PSDB, de Geraldo Alckmin. "Ganha quem cair na graça do povo", disse
Chalita, minimizando a sua desvantagem nas pesquisas de intenção de voto.
Chalita
afirmou que a estratégia de sua campanha será fazer críticas a conceitos e a
projetos e não ataques pessoais. "Não existe alinhamento
nenhum (com o
PT). Aquilo que for necessário que se critique, não a pessoa mas o conceito, o
projeto, eu vou fazer isso de um lado ou de outro. Não tem candidatura
auxiliar, todos nós queremos ganhar", respondeu o candidato.
O peemedebista explicou que assim como em outras
candidaturas, a militância do PMDB também estará nas ruas. Ele, no entanto,
aposta nas mídias sociais, nos debates e no início da propaganda eleitoral
gratuita para crescer nas pesquisas de intenção de voto. "Há muito espaço
ainda (para crescer nas pesquisas), a população não sabe as propostas de cada
um dos candidatos, pelo menos não está acompanhando isso", argumentou.
Chalita negou que se inspire no "efeito
Kassab" nestas eleições e disse contar apenas com apoio do povo. "Eu
espero o efeito povo. Enquanto eles têm as máquinas, a gente aposta nas
pessoas".
Durante
seu discurso, em evento do PMDB para candidatos a prefeito e a vice-prefeito em
São Paulo, Chalita disse que a política atualmente segue a linha do pragmatismo
e que esta, por sua vez, virou sinônimo de "malfeito". Muito
aplaudido por candidatos em outras cidades, o peemedebista disse que "rios
de dinheiro não elegem um candidato" e que não se pode ganhar uma eleição
por "um projeto de poder", mas sim por ideal, que no seu caso é
cuidar de gente. "Tem gente que gosta do cargo mas não gosta de
gente", criticou.
No
evento, que contou com a presença do presidente licenciado da sigla, o
vice-presidente da República, Michel Temer, e o atual presidente nacional do
PMDB, senador Waldir Raupp (RO), além de outras lideranças estaduais do
partido, os peemedebistas pregaram união nesta campanha e comemoraram o fato de
o partido ser líder no número de postulantes a prefeituras em todo o País (2032
candidatos a prefeito). Em seu discurso, Raupp lembrou que a vitória dos
peemedebistas em São Paulo, principalmente na capital, é estratégica para a
legenda. "Em São Paulo você (Chalita) vai disputar de igual para igual com
o primeiro colocado (nas pesquisas, o tucano José Serra)", apostou o
cacique o PMDB.
Fonte: IG