Supremo escala defensores públicos como suplentes para evitar que advogados forcem um atraso na análise do caso ao desistirem da defesa dos acusados. "Banco de reservas" tem seis profissionais substitutos preparados
Atendendo a um pedido do Supremo
Tribunal Federal (STF), a Defensoria Pública da União (DPU) deixou um
time de seis defensores de prontidão para substituir advogados de réus do
mensalão que eventualmente abandonarem a causa em cima da hora. A movimentação
tem como intuito proteger o julgamento contra possíveis manobras protelatórias.
Para entrar em campo, o grupo recebeu orientação e estudou as
mais de 50 mil
páginas do processo que envolve 38 réus e começará a ser julgado na próxima
quinta-feira, dia 2. A
equipe é liderada pelo defensor público-geral federal, Haman Córdova. Ele
conhece o caso profundamente por representar o ex-doleiro Carlos Alberto
Quaglia, único dos acusados que não contratou advogado particular.Os defensores públicos destacados para o processo do mensalão acompanharão o julgamento no próprio Supremo, mas só atuarão se forem nomeados pela Corte para assumir o lugar de um ou mais advogados que possam vir a ser destituídos da defesa dos réus. A DPU confirmou ao Correio que Córdova e mais cinco defensores estão estudando o processo por inteiro pelo fato de o tema ser de grande repercussão, mas ponderou que qualquer necessidade de atuar na defesa de algum dos acusados “dependerá de despacho dos ministros do Supremo”.