terça-feira, 17 de julho de 2012

Durval preservado na Pandora


Há muita coisa a se analisar na denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra os 37 envolvidos na Operação Caixa de Pandora e uma delas é a manutenção do regime de delação premiada para o ex-secretário Durval Barboza, pela sua participação no esclarecimento dos fatos criminosos. ...

Na página 188 da denúncia ao Superior Tribunal de Justiça, a PGR é clara ao preservar “benefícios penais decorrentes da delação premiada para Durval Barbosa Rodrigues, proporcional ao elevado grau de sua colaboração espontânea
para o desvendamento desta quadrilha; da identidade e da conduta de seus integrantes; e dos crimes que cometeram, na forma autorizada pela lei, a ser decidida por este Juízo na sentença”. ...

Na divulgação feita até o momento, a imprensa colocou Durval em grau de igualdade com os outros 36 denunciados, mas ele está mesmo protegido pelo fato de haver cooperado em diversos momentos para esclarecer os crimes praticados pelo então governador José Roberto Arruda e sua quadrilha, conforme denunciado exaustivamente pela PGR no seu documento.

OUTRAS SITUAÇÕES COMPLICADAS -- Durval vive momentos de grande apreensão, por outros motivos, e não pode dar entrevistas; nesse caso perderia o direito à proteção judicial. No entanto, sabe-se que conseguiu preservar sua aposentadoria como delegado de polícia, contestada no ano passado pelo Tribunal de Contas do DF. Ele provou tempo superior a 35 anos de trabalho, exigido pela lei previdenciária.

Seus advogados, no momento, lutam para derrubar a denúncia feita pela ex-esposa de Durval, Fabiani, que o acusou de maus-tratos contra o casal de filhos. Por causa dessa denúncia, ele está há um ano e meio sem poder ver a garota e o garoto, buscando defender-se em diversas instâncias contra esse fato.

Enquanto o processo relativo aos filhos corre em segredo de Justiça (embora já tenha vazado na imprensa em alguns momentos), os advogados de Durval têm obtido grande êxito numa investigação que vem sendo feita na 10ª Delegacia de Polícia.

Nessa DP, quatro ex-empregadas do então casal Durval-Fabiani declararam, em depoimentos formalmente colhidos, que foram pressionadas para acusar o ex-patrão, mas recusaram subornos valiosos, deixando de apontá-lo como um pai criminoso.

Os advogados de Durval aguardam o comparecimento de uma testemunha-bomba relacionada com este caso, que teria tentado subornar uma ex-secretária do acusado.

Esta situação pôde ser comprovada por fita gravada num shopping do Lago Sul, razão pelo qual a apuração se dá na 10ª DP.

Tanto a ex-secretária de Durval como as quatro ex-empregadas afirmam que a trama contra ele teria sido organizada pelo ex-governador José Roberto Arruda para atingi-lo de forma dramática na sua honra de pai.

Pelo visto, além do processo da Caixa de Pandora, que tramita no Superior Tribunal de Justiça, muitas emoções vão chegar ao conhecimento do público nos próximos tempos, quase sempre envolvendo a figura de Durval Barboza, que abala Brasília com suas denúncias desde 2009.

Fonte: Estação da Notícia

Fonte: Blog do Odir / Estação da Notícia / blog do R Riella / Donny Silva - 17/07/2012