segunda-feira, 13 de maio de 2013

Indústria do medo cresce 30% no DF


A violência torna o brasiliense refém do medo. E as estatísticas mostram que o cenário não é para brincadeira. Este ano, até abril, foram 174 roubos e 2.396 furtos em residência, 970 roubos e 1.706 furtos a comércio. As delegacias registraram ainda 1.359 roubos e 2.283 furtos de veículos e 4.745 furtos em seu interior. Dados que têm levado os moradores do DF a investirem cada vez mais em sua segurança pessoal.  São  equipamentos de proteção e monitoramento para residências, blindagem de carros, rastreadores e até a contratação de guarda-costas. Com  isso, a indústria do medo cresce em um ritmo vertiginoso, tendo chegado a 30% em 2012, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do DF cresceu 3% ao ano. ...

Mas não é só. Como mostrou o Jornal de Brasília nos dois últimos dias, este ano, até abril, foram registrados 245 homicídios no DF, uma média de dois
  por dia. Outro crime que assusta e provoca mudança de hábito entre os cidadãos é o sequestro relâmpago, com 196 ocorrências no mesmo período.

Segundo Irenaldo Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (Sindesp-DF), em 2013 o setor já registra alto índice de crescimento. “Somente de janeiro a abril deste ano, tivemos aumento de aproximadamente 7%, principalmente nos sistemas de segurança eletrônico”, disse.

Segurança

Para se ter uma ideia, nos últimos três anos a contratação do serviço de segurança pessoal registrou aumento de 10% a 15%. “Geralmente, esses profissionais são contratados por autoridades e empresários”, destacou. O setor movimenta R$ 60,3 milhões anuais. Irenaldo ressalta, ainda, que os equipamentos não podem substituir o trabalho humano. “Os profissionais que oferecem o serviço de segurança privada são capacitados e passam por cursos de formação”, afirmou. Ele recomenda ainda que as pessoas tenham cuidado com a contratação das empresas prestadoras do serviço.

A Secretaria de Segurança, porém, afirma que os números da violência estão caindo no Distrito Federal. Isso se deve, segundo o órgão, a um trabalho de combate intenso à criminalidade.

Por Patrícia Fernandes
Fonte: Clica Brasília - 13/05/2013