Primeiro teste real do Mané Garrincha não tem incidentes graves, mas
coleção de pequenas falhas
Grandes craques, um
estádio de Copa do Mundo e a torcida fizeram com que o jogo entre Flamengo e
Santos, disputado no domingo, se transformasse em festa. Mas, apesar do
espetáculo, as 63.501 pessoas que acompanharam a partida puderam perceber que o
Mané Garrincha ainda sofre com uma série de pequenas falhas que precisam ser
corrigidas para os outros eventos que a arena vai receber.
No primeiro teste do
estádio com sua capacidade total, as longas filas que se formaram na entrada
foram o principal problema. Seguindo o padrão da Fifa, o acesso aconteceu em
duas etapas. Na primeira, os torcedores eram revistados, enquanto na segunda
havia a verificação eletrônica dos ingressos. Por causa disso, mesmo após os
primeiros minutos de jogo, milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora
da arena.
O Comitê Organizador Local
da Copa (COL) admitiu que a verificação eletrônica dos bilhetes foi a
responsável pela demora. A entidade garante que na abertura da Copa das
Confederações, no próximo dia 15,
a verificação será manual, o que agilizará o processo.
...
Após passarem pelas filas
e finalmente entrarem no estádio, alguns torcedores descobriram que seus
assentos simplesmente não existiam e tiveram que assistir a partida sentados no
chão. Para evitar a reincidência do problema, o COL diz que vai mapear o local
novamente, conferindo todos os assentos.
Quem foi ao Mané Garrincha
também sofreu com a falta de sinais de telefone e internet, falha que já havia
sido observada na inauguração do estádio. Além disso, os torcedores se
depararam com restos de obras e estruturas usadas na construção do local.
Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa, isso aconteceu porque a arena só
está 97% concluída. A pasta garante, no entanto, que tudo estará pronto até o
dia do jogo Brasil X Japão.
Os jogadores também relataram
problemas. Técnicos dos dois times reclamaram que não havia água quente nos
chuveiros dos vestiários.
Já o esquema de segurança,
que contou com 1,5 mil policiais militares, funcionou bem. Apenas cinco
ocorrências foram registradas, todas envolvendo cambistas.
"Foi um teste bom.
Não vamos falar que foi tudo lindo e maravilhoso, porque não foi. Algumas
coisas vão melhorar. É exatamente para isso que serve o evento-teste",
disse Ricardo Trade, do COL, em entrevista ao site Globoesporte.
Fonte:
Jornal Destak - 28/05/2013