terça-feira, 28 de maio de 2013

Ainda há muito o que melhorar

Primeiro teste real do Mané Garrincha não tem incidentes graves, mas coleção de pequenas falhas


Grandes craques, um estádio de Copa do Mundo e a torcida fizeram com que o jogo entre Flamengo e Santos, disputado no domingo, se transformasse em festa. Mas, apesar do espetáculo, as 63.501 pessoas que acompanharam a partida puderam perceber que o Mané Garrincha ainda sofre com uma série de pequenas falhas que precisam ser corrigidas para os outros eventos que a arena vai receber.

No primeiro teste do estádio com sua capacidade total, as longas filas que se formaram na entrada foram o principal problema. Seguindo o padrão da Fifa, o acesso aconteceu em duas etapas. Na primeira, os torcedores eram revistados, enquanto na segunda havia a verificação eletrônica dos ingressos. Por causa disso, mesmo após os
primeiros minutos de jogo, milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora da arena.

O Comitê Organizador Local da Copa (COL) admitiu que a verificação eletrônica dos bilhetes foi a responsável pela demora. A entidade garante que na abertura da Copa das Confederações, no próximo dia 15, a verificação será manual, o que agilizará o processo. ...

Após passarem pelas filas e finalmente entrarem no estádio, alguns torcedores descobriram que seus assentos simplesmente não existiam e tiveram que assistir a partida sentados no chão. Para evitar a reincidência do problema, o COL diz que vai mapear o local novamente, conferindo todos os assentos.

Quem foi ao Mané Garrincha também sofreu com a falta de sinais de telefone e internet, falha que já havia sido observada na inauguração do estádio. Além disso, os torcedores se depararam com restos de obras e estruturas usadas na construção do local. Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa, isso aconteceu porque a arena só está 97% concluída. A pasta garante, no entanto, que tudo estará pronto até o dia do jogo Brasil X Japão.

Os jogadores também relataram problemas. Técnicos dos dois times reclamaram que não havia água quente nos chuveiros dos vestiários.

Já o esquema de segurança, que contou com 1,5 mil policiais militares, funcionou bem. Apenas cinco ocorrências foram registradas, todas envolvendo cambistas.

"Foi um teste bom. Não vamos falar que foi tudo lindo e maravilhoso, porque não foi. Algumas coisas vão melhorar. É exatamente para isso que serve o evento-teste", disse Ricardo Trade, do COL, em entrevista ao site Globoesporte.



Fonte: Jornal Destak - 28/05/2013