terça-feira, 21 de maio de 2013

Amigos e familiares de mulher morta em shopping fazem vigília no TJDF


Ato está programado para esta segunda (20), entre 18h e 21h. Grupo quer condenação máxima ao réu; julgamento é nesta quarta (22).


 
A lojista Fernanda Grasiely Alves, que foi morta a
facadas pelo ex-marido, no último mês de março
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Amigos e familiares da lojista Fernanda Grasiely Alves, morta pelo ex-marido a facadas dentro de um shopping de Brasília, programaram uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, para esta segunda-feira (20), entre 18h e 21h. A intenção do grupo é sensibilizar o júri e pedir a pena máxima ao autor do crime.
De acordo com o estudante Daniel Oliveira, amigo da vítima, são esperadas entre 40 e 50 pessoas no ato. Os amigos e familiares vão levar faixas, bandeiras e camisetas com o rosto de Fernanda. Eles planejam acender velas durante o período em que permanecerem no local.
“Nossa ideia é chamar a atenção e sensibilizar o júri popular. É raro você ver esse
tipo de crime ter a pena máxima, de 30 anos. Queremos que ele [o acusado de assassinato] seja penalizado à altura do crime cometido”, afirma Oliveira.

O julgamento do réu está marcado para acontecer na próxima quarta-feira (22).

Fernanda foi morta no último dia 1º de março, dentro do shopping onde trabalhava. Ela morava em Santa Maria, no DF, e deixou namorado, pais, três irmãos e um filho de 4 anos, do relacionamento com o ex-marido.

O autor do crime foi preso em flagrante no dia da ocorrência. Ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado, pois a vítima não teve chance de se defender e pela motivação torpe.

Segundo testemunhas, o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento. O crime foi cometido no dia do aniversário dele de 29 anos. Uma prima da vítima disse que ele era muito agressivo, possessivo e ciumento.

“Por volta de 0h30, ele recebeu uma mensagem dela dando os parabéns e pedia que ele tomasse jeito na vida, coisas parecida. De manhã, ele ligou e eles discutiram”, afirmou o delegado Mário Henrique Garcia.

Segundo a polícia, em abril do ano passado, a lojista prestou queixa contra o ex-marido por ameaças. Ela, porém, pediu para retirar a medida de afastamento durante a audiência que teve com o juiz.

A família conta que ouviu dela relatos de ameaças, mas não acreditou que fossem se concretizar. “Ela chegou a registrar umas queixas com respeito a ameaças dele, mas a gente não acreditava que ele fizesse uma brutalidade tão grande como ele fez”, disse o avô de Fernanda, Sebastião Borges de Almeida.


Fonte: G1