O PT sofreu outro revés e não conseguiu impedir a aprovação da dedução
de 6% do Imposto de Renda para quem fizer doações para tratamento e recuperação
de drogados
A Câmara dos Deputados
concluiu na noite desta terça-feira a votação do projeto da Lei de Drogas e o
PT saiu como o grande derrotado desse processo. O partido tentou, em vão,
derrubar o artigo que ampliou de cinco para oito anos a pena mínima de traficante.
O máximo continua sendo quinze anos. O PT apresentou destaque para tentar
derrubar os oito anos e foi derrotado de maneira fragorosa. O texto, agora,
segue para o Senado, e depois, se aprovado, para a sanção da presidente Dilma
Rousseff.
O PT sofreu outro revés e
não conseguiu impedir a aprovação da dedução de 6% do Imposto de Renda para
quem fizer doações para tratamento e recuperação de drogados. O Ministério da
Justiça também sai derrotado, pois, inicialmente, foi
contra o aumento de pena
para envolvidos no tráfico, mas acabou cedendo por pressão da Casa Civil. ...
Novamente, os petistas
José Genoino e Paulo Teixeira, ambos de São Paulo, conduziram a posição do PT
no plenário.
Prevaleceu a ótica
policial, da repressão. O texto não separa usuário de traficante disse Genoino.
Por esse projeto, vai ser
preso todo mundo, qualquer usuário. O filho do pastor, o filho do padre. Tem
que se prender quem está no comando, o capitalista, aquele que sai na coluna
social — disse Paulo Teixeira, provocado por Espiridião Amin (PP-SC).
Deputado Teixeira, pode
explicar o que é filho do padre? — questionou Amin.
Não disse filho de padre.
Disse filho de paroquiano — rebateu Teixeira, que havia dito inicialmente filho
de padre.
O projeto prevê ainda a
internação involuntária do viciado, que se dará por desejo da família, mas com
o aval de um médico.
O autor do projeto, Osmar
Terra (PMDB-RS), comemorou o resultado.
É uma vitória da
sociedade. Aumentar a pena é fundamental para tirar da rua quem distribui droga
para nossos filhos — disse Terra.
Fonte:
O globo - 29/05/2013