Senadores rebatem o principal argumento da defesa apresentada
por Demóstenes Torres (sem partido), na última quarta-feira, e agora miram o
discurso feito pelo parlamentar goiano em plenário, em 6 de março, para
sustentar a tese quase unânime na Casa: a de que Demóstenes mentiu na tribuna,
o que já justificaria a abertura do processo no Conselho por quebra de decoro
parlamentar, pecado que pode culminar na cassação de mandato do senador.
A defesa tenta convencer o colegiado de que reportagens jornalísticas não são suficientes para comprovar a relação estreita entre Demóstenes e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os advogados do parlamentar lembram que o colegiado ainda não teve acesso a nenhum documento oficial — como o processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) ou o inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR), ambos já pedidos pelo Conselho de Ética — que embase a suspeita de quebra de decoro. Além disso, questiona a autenticidade de gravações telefônicas vazadas à imprensa, entre outros argumentos.