A
Secretaria da Segurança Pública do Maranhão informou nesta sexta-feira (27) que
duas pessoas foram detidas no final de tarde de quarta-feira e, após 12 horas
de interrogatório, tiveram a prisão preventiva decretada.
Elas foram consideradas
suspeitas de terem dado cobertura à fuga do assassino do jornalista Décio Sá,
morto na noite de segunda-feira, com seis tiros, em um bar na avenida
Litorânea.
"Só podemos dizer que
elas vão ficar presas para averiguação", afirmou o secretário da
Segurança, Aluísio Mendes, durante entrevista coletiva. O secretário não quis
dar detalhes sobre a prisão dos dois suspeitos.
Ainda de acordo com Mendes, a
polícia não descarta a hipótese de as pessoas que cometeram o crime já estarem
fora do Maranhão, uma vez que São Luís tem 39 pequenos portos, além das saídas
mais conhecidas, com a BR-135 e o porto do Itaqui.
A Secretaria da Segurança
Pública do Maranhão decidiu manter em sigilo completo as investigações. O
secretário Mendes anunciou que só voltará a falar com a imprensa quando houver
algo de concreto.
"Qualquer informação que
vazar neste momento pode comprometer toda a investigação. O sigilo evita também
o surgimento de pistas falsas ou contraditórias", disse.
Uma portaria expedida hoje
pela secretaria também determina a transferência das investigações da Delegacia
de Homicídios para a Seic (Superintendência de Investigações Criminais).
Segundo Aluísio Mendes, é mais uma medida para proteger as informações já
obtidas.
Até o momento, estão sob
análise cerca de 20 mil indícios, incluindo cerca de 2.000 ligações telefônicas
feitas na área do crime e pelo próprio jornalista morto.
Sá exercia a profissão de
jornalista havia 17 anos. Trabalhava como repórter do "Estado do
Maranhão" e mantinha um blog de política.