Apesar
da grande pressão que vem sofrendo, o Sindicato dos Professores do Distrito
Federal decidiu na manhã desta sexta-feira (27) permanecer em greve por tempo
indeterminado. Em decisão tomada na assembleia da categoria, que acontece em
frente ao Palácio do Buriti, os professores resolveram não obedecer à
determinação judicial para que pelo menos 80% da categoria voltasse às salas de
aula. ...
Até
ontem a noite, após os grevistas terem invadido o 6º andar do anexo do Palácio
do Buriti, onde funciona a Secretaria de Planejamento, o governo local havia
decidido suspender as negociações com a categoria. Hoje, quando os professores
decidiram manter o movimento, o GDF recuou e afirmou que até às 16h desta
sexta-feira enviariam alguma proposta oficial.
A
greve dos professores já é uma das maiores da história do DF. O Sindicato dos
Professores já calcula 47 dias de paralisação em busca de melhores condições
salariais. O GDF tem dito que não há possibilidade de reajuste, uma vez que as
contas do governo estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por
conta da falta de acordo, alguns representantes do movimento decidiram invadir
a Secretaria de Planejamento na quinta-feira. O governo determinou que
forças policiais tomassem o lugar e chegou a ameaçar retirar os manifestantes
do local à força. A categoria resistiu. Cerca de 30 viaturas do Batalhão de
Choque da Polícia Militar cercaram a região durante todo o dia para tentar a
reintegração de posse. Hoje, pelo menos 150 homens a mais da polícia foram
enviados ao local.
O
governo diz lamentar que educadores cheguem a esse ponto , o que pode servir de
mal exemplo aos alunos. Já os manifestantes rebatem a essa crítica e
afirmam que lamentável é testemunhar um governo eleito pela maioria da
categoria ter virado as costas para o servidor e descumprir promessas firmadas
no ano passado. Apesar do estado permanente de assembleia, a categoria deve
deliberar se continua ou não em greve apenas na próxima quarta-feira, após o
feriadão.
Fonte:
Blog do Edson Sombra - 27/04/2012