Parecer da Procuradoria da Câmara alegou inexistência de provas.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu
arquivar nesta segunda-feira (25) o pedido de impeachment do governador Agnelo
Queiroz protocolado no dia 16, pelo diretor do Comitê Ficha Limpa no DF e do
Movimento Adote Um Distrital, Diego Ramalho Freitas.
De acordo com o parecer da Procuradoria Geral da
Câmara Legislativa "havia inexistência de provas mínimas na peça
acusatória". Ainda segundo o parecer da procuradoria, não havia elementos
para dar início ao crime de responsabilidade.
Outro pedido de impeachment de Agnelo, apresentado
pelo PSDB do DF na segunda-feira (23), continua tramitando na Casa. O prazo do
Legislativo para analisar o documento é de cinco dias.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado
Patrício (PT), também despachou pelo arquivamento do pedido do PSOL do DF, que
pedia a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar
a relação do GDF com as denúncias de corrupção relativas à operação Monte
Carlo, da Polícia Federal.
Quando o pedido de impeachment foi protocolado o
porta-voz do governo do DF, Ugo Braga, informou que as acusações citadas pelo
representante do "Adote um distrital" estavam "mal
formuladas". "Sobre as acusações do Ministério do Esporte, uma das
testemunhas disse ter recebido dinheiro para fazer. A acusação da Anvisa, a
pessoa disse ter recebido proposta financeira de deputadas da oposição para
fazer também", afirmou.
Braga acrescentou que as informações relacionadas à
operação Monte Carlo não comprometem o GDF. "Não há uma única evidência de
qualquer irregularidade no governo do Distrito Federal. Não tem uma nomeação
feita pelo grupo, não há um contrato suspeito, não há nada que ligue o GDF ao
grupo do Carlinhos Cachoeira ou a irregularidades em contratos. "
"Falar em impeachment é golpismo e golpismo
barato. Nesse momento, esse golpismo está a serviço do DEM e do PSDB e do grupo
Roriz, que foram derrotados na eleição passada", disse Ugo Braga.
Fonte: G1