Desmembramento do inquérito que investiga máfia dos caça-níqueis leva suspeitas contra governador ao Superior Tribunal de Justiça
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar a relação do governo do
Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, com a quadrilha do contraventor
Carlinhos Cachoeira. Nesta terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do
Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu desmembrar o inquérito que tramitava na
corte sobre os tentáculos da máfia de Cachoeira.
Com
a separação, a apuração terá três frentes distintas: uma, no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), investigará as relações de Agnelo Queiroz com a máfia. Outra
parte do processo continuará no Supremo Tribunal Federal (STF): a que diz
respeito aos deputados federais Sandes Júnior (PP-GO), Stepan Nercessian
(PPS-RJ) e Antonio Carlos Leréia (PSDB-GO). Um terceiro braço da investigação
foi remetido à Justiça Federal de Goiás. Neste caso, o alvo são servidores
públicos e autoridades sem foro privilegiado.
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegou a pedir que Lewandowski
que remetesse ao STJ as suspeitas envolvendo o governo do Distrito Federal. Mas
o ministro determinou que o próprio Gurgel deverá levar o caso ao STJ. Para que
o inquérito contra Agnelo seja oficialmente aberto, os ministros do STJ
precisam aceitar o pedido do procurador-geral.