O
Diretório do PPS do Distrito Federal contrariou a direção nacional do partido e
decidiu, por 30 votos a 5, manter o apoio ao governo de Agnelo Queiroz (PT). O
deputado distrital e secretário de Justiça, Alírio Neto (PPS), pediu licença
por um ano do partido, já prevendo uma possível intervenção da direção
nacional.
A suplente de Alírio, Luzia
de Paula (PPS), indicada para participar da CPI da Arapongagem, que vai
intestigar escutas telefônicas ilegais no DF, deverá seguir a orientação da
base governista da comissão parlamentar de inquérito. A CPI terá apenas um
deputados da oposição: Celina Leão (PPS).
O presidente nacional do PPS,
deputado federal Roberto Freire (SP), convocou ontem uma reunião do Diretório
Nacional do PPS para o dia 8 de maio para discutir a possível intervenção.
"A decisão (do diretório do DF) incomoda e provoca constrangimento ao
partido", comentou Freire, que defende o afastamento do partido do governo
Agnelo.
A CPI deverá ser instalada na
próxima quarta-feira, mas o líder do PT, Chico Vigilante, adianta que a bancada
governista não permitirá a convocação do governador ou de secretérios do
governo, além de rejeitar requerimentos que proponham o acesso a bancos de
dados sigilosos.