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Bento 16 |
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência
da República, Gilberto Carvalho, afirmou na tarde desta quarta-feira (13) que
não houve "pressa" por parte do governo brasileiro para se manifestar
sobre a renúncia do papa Bento 16.
ENTENDA
O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA
Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua
função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na
Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do
Vaticano, há um
total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
"O governo brasileiro não se apressou em fazer
nenhum grande pronunciamento [sobre a renúncia do papa]. A nossa posição frente
a esta decisão é uma posição de respeito, de reverência e um desejo muito forte
que [Bento 16] possa continuar contribuir para a Igreja. [Há] um desejo muito
forte de muita energia e muita luz na escolha do novo papa", afirmou
Carvalho durante o lançamento da campanha da fraternidade da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil).
Em
nome da presidente Dilma Rousseff, Carvalho negou que houvesse qualquer
problema na relação do governo brasileiro com a Igreja Católica. Em 2010,
durante a campanha eleitoral em que Dilma era candidata a presidente, a Igreja
recomendou a bispos brasileiros que não votassem em políticos que defendiam o
aborto.
"Não
se pode ler os acontecimentos a partir de fala, as atitudes são mais
importantes. Não vejo que outros governos da América Latina fizeram
também", afirmou Carvalho em referência a ausência de comentários de
outros líderes latinoamericanos.
"Não
há nenhum problema nas nossas relações. Pelo contrário, tem sido a melhor
possível estamos abertos, quando da chegada do novo papa, retomar a conversação
e as relações no melhor nível possível com o governo da Santa Sé",
continuou Carvalho.
Segundo
o ministro, a presidente vem cobrando dele que coordene o apoio do governo
federal à Igreja Católica na logística da Jornada Mundial da Juventude,
que ocorrerá em julho deste ano no Rio de Janeiro.
Fonte: Noticias UOL