Busca por vaga "ideal"
cria problemas até para o Estado
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Enquanto Andreia Portela (E) tenta vários certames, Juliana Apostólico só pensa na vaga para gestora social |
Movido pelo sonho de ter um emprego
estável, boa remuneração e horário de trabalho flexível, um número cada vez
maior de pessoas tem deixado de lado a carreira na iniciativa privada para
batalhar uma vaga no funcionalismo público. A intensificação desse movimento,
no entanto, atinge em cheio a economia do país, pois reduz a oferta de
profissionais especializados. A situação se torna ainda mais grave em áreas nas
quais eles já são escassos, como as de engenharia e tecnologia. Essa realidade
é uma das constatações do estudo Pensando Direito, elaborado pela Fundação
Getulio Vargas (FGV) e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), ao qual o
Correio teve acesso.
Em expansão pelo país, os certames movimentam, segundo dado da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), cerca de R$ 50 bilhões por ano — cálculo que considera os principais gastos dos concurseiros, como aulas, inscrições e
alimentação. Coordenador da pesquisa da
FGV e da UFF, o professor Fernando Fontainha ressalta que o grande contingente
de pessoas graduadas que se dedicam às seleções gera um deficit de talentos no
mercado. “Os salários e a estabilidade oferecidos tornam irracional que alguém
faça qualquer outra coisa que não um concurso.”Em expansão pelo país, os certames movimentam, segundo dado da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), cerca de R$ 50 bilhões por ano — cálculo que considera os principais gastos dos concurseiros, como aulas, inscrições e
Fonte: Correio Braziliense