quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Denatran prepara ofensiva contra aplicativos antiblitz


Em estudo. Fim da prática dependeria de mudança na lei. Pesquisa mostra que 21% dos acidentes de trânsito têm relação com consumo de álcool

O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) estuda uma forma de proibir o uso de aplicativos de celular ou nas redes sociais para avisos sobre a localização de blitzes policiais. “Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar”, alertou o ministro interino das Cidades, Alexandre Cordeiro Macedo.

Ao mesmo tempo em que comemora a queda no número de mortes e acidentes em rodovias federais depois do aumento do rigor na Lei Seca, o governo aponta a
troca de avisos sobre presença policial como a principal adversária da política de conscientização dos motoristas. Não dispõe, contudo, de nenhuma medida legal que permita coibi-la. A proposta ainda está em fase embrionária, mas deverá recomendar mudanças na lei. ...

“Só usa o aplicativo quem está bêbado ou com o carro irregular. A gente sabe do perigo.”
ALEXANDRE CORDEIRO MACEDO, MINISTRO INTERINO DAS CIDADES


Não é a primeira vez que o uso de aplicativos é alvo de polêmica. Em janeiro do ano passado, a Advocacia Geral da União entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal para proibir a divulgação de blitzes pelo Twitter. A justificativa era que a prática retira o caráter surpresa e torna a ação policial ineficiente. O Ministério Público, porém, apontou que a proibição fere o direito a livre trânsito de informações na internet e atenta contra a liberdade de expressão. O caso ainda não foi concluído.

Pesquisa
O Ministério da Saúde aponta o consumo de álcool como um dos principais responsáveis pelos atendimentos de emergências em hospitais públicos. Uma em cada cinco vítimas de trânsito que foram atendidas informou ter ingerido bebida alcoólica ou apresentava sinais de embriaguez.

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Por Marcelo Freitas
Fonte: Jornal Metro Brasília - 20/02/2013