O governador pernambucano
Eduardo Campos tornou-se um personagem sui generis. Embora o verbo seja parte
de sua atividade, o mandachuva do PSB autocondenou-se à meia palavra. Traz na
boca não uma língua, mas uma fita métrica. Desenvolveu uma técnica para falar
sobre 2014. Mede tanto as palavras que consegue falar muito sem dizer nada. E
vice-versa. Em entrevista ao
repórter Claudio Dantas Sequeria, o
quase-futuro-neo-presidenciável fixou um prazo para jogar fora a régua: janeiro
de 2014. Leia:— Será candidato ao Planalto em 2014? Sinceramente, este ano é estratégico para tudo o que o Brasil acumulou nas últimas duas décadas, em termos de democracia, estabilidade econômica e social. A disputa eeitoral é legítima, mas tem hora para contecer. ...
— E qual é a hora? Meu prazo é janeiro de 2014. Aí vou avaliar se há ou não condições para uma candidatura. Antes disso, precisamos continuar ajudando a presidenta Dilma. Tenho dialogado muito com as lideranças do partido e colocado claramente essa posição. Até porque somos parte da construção desse projeto que está aí e queremos que a coisa melhore e possa avançar, não que piorem.
— Dentro do PSB tem gente que pressiona para garantir a ampliação da bancada até setembro, quando encerra o prazo de filiações. Esse é o argumento utilizado pela turma mais inquieta, que acha que, se lençar a candidatura hoje, amanhã entram 30 deputados no partido. Mas o mundo real da política não é bem assim. Não posso tomar uma decisão tão seria em função disso. Há muitos fatores. Existirá candidatura se houver espaço político. Não podemos deixar que a torcida comande o time.
Fonte:
Blog do Josias de Souza - 17/02/2013