Transporte.
Veículo-modelo quebrou antes da primeira viagem de demonstração aos
brasilienses. Está parado, à espera dos fabricantes chineses
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Um
dos principais souvenirs trazidos pela comitiva do governador Agnelo Queiroz
(PT) de uma viagem oficial para a Ásia em julho do ano passado foi um moderno
ônibus movido apenas a energia elétrica. A promessa era de que ele seria
testado pela população nas semanas seguintes. Passados sete meses, porém, a
única aparição pública do veículo foi em uma curta viagem inaugural em
novembro último, na qual todos os passageiros eram políticos.
Antes que os brasilienses em geral pudessem conhecer o coletivo completamente silencioso, que não trepida nem polui a atmosfera, ele quebrou. No momento, está
parado em uma garagem da TCB, esperando instruções dos fabricantes
chineses sobre como proceder. ...Antes que os brasilienses em geral pudessem conhecer o coletivo completamente silencioso, que não trepida nem polui a atmosfera, ele quebrou. No momento, está
“Infelizmente tivemos essa pane na estação que recarrega a energia do ônibus quando nos preparávamos para testar o serviço com o consumidor”, lamenta o diretor-presidente da empresa pública de transporte, Carlos Koch. Ele garantiu que antes da quebra o ônibus elétrico foi exaustivamente testado pela equipe técnica do órgão.
“Infelizmente tivemos essa pane na estação que recarrega a energia do ônibus quando nos preparávamos para testar o serviço com o consumidor.” CARLOS KOCH, DIRETOR-PRESIDENTE DA TCB
Copa
O veículo deveria estar circulando para dar aos brasilienses uma amostra do que deve ocorrer até a Copa do Mundo de 2014. O GDF fez um acordo com a Fifa e se comprometeu a transportar turistas entre o aeroporto e o centro da cidade em uma frota sustentável.
Por trás da causa ambiental, o governo viu ainda a chance de um grande negócio. “Nosso objetivo é levar uma fábrica destes carros para se instalar no Distrito Federal”, disse Agnelo, ainda na China, em 2012.
Hoje, porém, uma espécie de plano B é muito mais crível. “Seguimos negociando a vinda da fábrica, mas é um processo complexo, demorado”, admite Koch. “E o acordo com a Fifa fala de veículos elétricos ou híbridos (elericidade + diesel). Como aqui no Brasil só temos fábricas de híbridos, é mais possível.”
A TCB espera a finalização de um acordo para pegar R$ 20 milhões emprestados com o BNDES para lançar uma licitação para a compra de 18 desses veículos. O preço deles é o dobro de um ônibus convencional, mas custa mais barato mantê-los rodando. A promessa é de que tudo estará funcionando até junho de 2014.
Fonte:
Jornal Metro Brasília - 18/02/2013