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Copa das Confederações está sim, sendo muito bem aguardada, mas por
funcionários do governo do Distrito Federal. Durante a última semana, a
imprensa tem veiculado que o GDF adquiriu ingressos para distribuir entre seus
servidores. Além de mil entradas, foi comprado, por intermédio da Terracap, um
camarote. Ao todo foi gasto aproximadamente R$ 1,5 milhão, que serão pagos com
recursos públicos.
Segundo informação publicada pelo Portal Câmara em Pauta, a partir
de uma publicação feita no Diário Oficial do DF no início do mês de fevereiro,
o Banco de Brasília (BRB) fará a compra para a Terracap. De acordo com a
matéria, “a aquisição das
entradas e do camarote foi decidida pelo Conselho de
Administração da Terracap, após reunião no dia 6 de fevereiro”, e tudo isso com
a dispensa de licitação.
O problema é que enquanto o GDF consegue comprar mil ingressos, a
grande maioria dos brasilienses não conseguiu adquirir a entrada. Isso por que,
a venda dos acessos para a abertura da Copa das Confederações esgotou-se logo
no primeiro lote de ingressos. No segundo, aberto no último dia 15, não havia
mais entradas para o jogo único que será realizado entre Brasil e Japão.
Mas não serão apenas aqueles que não conseguiram comprar entradas
que acompanharão o evento apenas pela tela da televisão. Como se imaginava e
foi inclusive anunciado no início da construção do Estádio Nacional Mané
Garrincha, os funcionários da obra não vão ter os ingressos garantidos para e
inauguração do estádio e muito menos para a abertura da Copa das Confederações.
Tanto o Comitê da Copa, quanto o Consórcio SFB, responsável pela obra, negaram
a possibilidade.
O gasto bilionário para a reforma do Mané Garrincha é motivo de
revolta por parte dos brasilienses, que viu o GDF praticamente abandonar a
saúde, a segurança e outros serviços, para que fossem concluídas as obras do
Estádio Nacional. Para Agnelo e sua turma, privilegiar políticos, servidores e
convidados é mais importante do que servir a população, que deveria ser a
principal beneficiária, e mais uma vez é deixada de lado por conveniência dos
governantes locais.
Por Elton Santos e Ricardo Faria
Fonte: Guardian Noticias