Gasto previsto
com drogas para câncer caiu de R$ 85
mi para R$ 12
mi . Secretaria diz que está apurando se houve falha na
condução do processo
A
Secretaria de Saúde do Distrito Federal reabriu nesta sexta-feira (15)
licitação que reduz em R$ 73 milhões a previsão de gasto com medicamentos
usados no tratamento de câncer. O edital inicial, de dezembro, havia sido
suspenso pelo Tribunal de Contas do DF por suspeita de superfaturamento. Alguns
medicamentos tinham valor até 18.400% acima do de mercado, segundo o tribunal.
Em nota, a secretaria informou ao G1 que “seguiu integralmente as recomendações do Tribunal de Contas e está apurando se houve falha na condução do processo”. Na nota, diz ainda que “não houve qualquer prejuízo ao cidadão – graças ao trabalho conjunto
A licitação prevê a compra de 44 tipos de medicamentos para distribuição nos hospitais do DF. Ao receber o primeiro edital, os técnicos do tribunal consultaram o ComprasNet, portal de compras do Ministério do Planejamento, para comparar valores pagos pelos mesmos produtos por outros órgãos da administração pública.
Um dos itens que chamou a atenção dos auditores foi a Oxaliplatina, usada em tratamento de quimioterapia. O valor estimado pela Secretaria da Saúde era de R$
No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, o preço encontrado foi menor ainda: R$
A maior distorção foi encontrada em um medicamento que estava com sobrepreço de 18.420%, segundo os auditores do tribunal. O valor inicial na primeira licitação era R$
"A previsão do custo da licitação estava muito acima do praticado no mercado”, disse Renato Rainha, relator do processo no Tribunal de Contas. Com as alterações nos preços, o valor final do edital ficou em R$ 12,6 milhões. "Acompanhamos o processo da licitação e estamos de olho para ver se os preços anunciados continuam certos", disse Rainha.
Fonte:
G1-DF - 15/02/2013