terça-feira, 8 de maio de 2012

Mantega vai ao Senado explicar medida que altera a poupança


O ministro Guido Mantega vai falar à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado no dia 15 de maio para explicar detalhes da medida provisória que modificou as regras da poupança. A audiência foi aprovada hoje pela comissão.
Em vista ao Congresso nesta terça-feira (8), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse que o governo quer concluir até o final do primeiro semestre a votação da MP (medida provisória) na Câmara e no Senado. Segundo Ideli, o ministro Guido Mantega vai falar aos parlamentares para explicar as mudanças previstas pela medida provisória.
"Nós vamos trabalhar para que a votação seja concluída no primeiro semestre. Nos próximos dias vamos terminar a designação de presidente e relator da MP. E vamos trabalhar a vinda do ministro Mantega ao Senado", disse.
A ministra afirmou que Mantega também deve ir à Câmara detalhar a MP para os deputados, na estratégia do governo de evitar a derrubada da medida durante sua tramitação no Congresso. "Isto pode criar condições para que a votação ocorra com naturalidade", afirmou.
LEI DA COPA
Ideli se reuniu hoje com líderes governistas no Senado para discutir a pauta de votações da Casa. O governo quer votar amanhã, em plenário, a Lei Geral da Copa --com as regras a serem adotadas no país durante o mundial de futebol.
Segundo a ministra, o governo vai tentar aprovar o texto da Câmara, sem modificá-lo no Senado. O objetivo é evitar que o texto retorne para nova análise dos deputados, o que retardaria a sua entrada em vigor.
"Se não houver qualquer alteração, não precisará voltar para a Câmara e será encaminhado para sanção da presidente. Nós estamos bastante animados que a lei será votada nesta semana aqui no Senado."
Ideli disse que o governo também vai tentar votar esta semana, no plenário da Câmara, a PEC (proposta de emenda constitucional) do trabalho escravo. "Temos a convicção de que esta é uma matéria importante, reconhecida inclusive internacionalmente como uma medida eficaz no combate ao trabalho escravo."
A ministra disse que o trabalho escravo é crime, por isso espera não enfrentar resistências da bancada ruralista na Câmara. "Não é uma questão de propriedade, de ação ou atuação da agricultura e pecuária, mas é um crime."