quinta-feira, 3 de maio de 2012

Documentos da CPI do Cachoeira serão guardados por 12 policiais


Um batalhão de 12 policiais se revezará para guardar a sala cofre da CPI de Cachoeira onde estão armazenados os documentos sigilosos já enviados pelo Supremo Tribunal Federal. O local também vai reunir outros documentos resultantes de novas investigações e quebras de sigilos. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator Odair Cunha (PT-MG) se reuniram nesta quinta-feira na "caverna" - a sala fica no subsolo da ala Alexandre Costa - para definir as novas adaptações físicas e tecnológicas para que, só a partir de segunda-feira, os parlamentares tenham acesso ao local e à documentação das operações Monte Carlo e Vegas.

Além dos 12 policiais do Senado, estarão a postos técnicos do Serviço de Processamento de Dados (Prodasen) para assessorar os membros da CPI na leitura e interpretação dos documentos. Os técnicos do Prodasen também estão desenvolvendo um programa de informática para formatar a linguagem da documentação para melhorar o acesso e leitura. Já foram requisitados também técnicos da Receita Federal e Tribunal de Contas da União.
- Os policiais guardarão a sala cofre 24 horas por dia. Só os membros da CPI terão acesso, e não podem entrar com celular nem copiar documentos. Os assessores e jornalistas não terão acesso. E os parlamentares que forem consultar os documentos terão que assinar um termo se comprometendo a manter o sigilo - informou Vital do Rêgo.
Ele nega que esteja havendo interferência da base governista para blindar o Governo , esvaziando a CPI e excluindo depoimentos de governadores e do dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish.
- A CPI teve um primeiro momento profundamente vitorioso. O plano de trabalho foi aprovado sem contestação dos 64 membros. Só a questão da investigação da Delta no Centro-Oeste teve dois votos contra. O que ficou de fora agora pode entrar num segundo momento - disse Vital do Rego.
Ele voltou a descartar a possibilidade de dividir a relatoria em sub relatorias, mas admitiu que pode designar membros da CPI para coordenarem alguma investigação complementar.