quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Corrida contra o relógio

Agora começa, para valer mesmo, uma corrida contra o relógio. Como a Câmara Legislativa entra em recesso nesta sexta-feira, o Buriti quer aprovação a toque de caixa para o novo indicado para a presidência do Banco de Brasília, Paulo Roberto Evangelista de Lima. A expectativa é que o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara, Agaciel Maia, promova ainda hoje a sabatina de Paulo Roberto. Em seguida, seria aprovado pela comissão, a tempo de que, na quinta-feira, entre em votação no Plenário. Agaciel já fez mágica parecida, embora não igual, com parecer diplomático e aprovação relâmpago, no caso do próprio Abdon. ...

Troca de nomes com dedo do Banco Central
Foi por temer problemas com o Banco Central, a quem cabe avaliar indicações para direção de instituições bancárias, que o governador Agnelo Queiroz preferiu retirar a indicação do ex-secretário Abdon Henriques (foto) para a presidência do BRB. A indicação de Paulo Roberto Evangelista de Lima, com longa experiência bancária, elimina riscos no Banco Central.

Reação começa pelo PT

Pode até parecer estranho, mas foi do próprio PT que partiram as maiores resistências à nomeação de Abdon para o Banco de Brasília. Toda a
Articulação reagiu, mais por solidariedade ao ainda presidente Jacques Pena. A indicação de Abdon percorreu as instâncias brasilienses - Câmara Legislativa e conselhos do BRB - mas andava empacada no Banco Central. Sexta-feira, a deputada Érika Kokay entrou com uma representação no próprio Banco Central contra a indicação de Abdon. O Buriti preferiu recuar.

Rasgo de lucidez
Kokay qualificou ontem a retirada de Abdon como “um rasgo de lucidez”. Diz que Abdon tem condições de trabalhar por Brasília em muitos postos, mas que lhe falta qualificação e experiência para dirigir banco.

De carreira
Roberto Evangelista de Lima tem 55 anos e mora em Brasília desde 1999. É administrador e conta com especialização em gestão de negócios pela Fundação Dom Cabral. É funcionário de carreira no Banco do Brasil, onde trabalhou durante 34 anos, e chegou à sua diretoria no governo Lula.

Por Eduardo Brito


Fonte: Jornal de Brasília - Coluna Do Alto da Torre - 12/12/2012