A interrupção na queda dos juros veio para ficar. Na ata da
penúltima reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada
ontem, o Banco Central fez questão de deixar bem claro a sua
intenção: nada de novas reduções neste ano, com a taxa básica da economia
(Selic) permanecendo em 7,25% — o patamar mais baixo da história — durante um
bom período. Foi “um último ajuste nas condições monetárias”, assegurou o BC,
para não deixar dúvidas.
Apesar de transparente, a ata do Copom só fez aumentar a polêmica em torno da política monetária, iniciada depois do corte de 0,25 ponto da Selic na semana passada. Até o último instante, parte do mercado manteve a aposta de que o BC não mexeria mais nos juros, independentemente dos sinais emitidos por alguns de seus diretores. O grupo mais conservador de analistas e de investidores acreditava que o BC daria um peso maior à inflação, que se mantém em um patamar desconfortável — acima de 5% no acumulado de 12 meses. A instituição, porém, preferiu baixar um pouco mais a Selic, sob o argumento de que o custo de vida está sob controle e o momento é de dar estímulos a uma frágil atividade econômica.
Apesar de transparente, a ata do Copom só fez aumentar a polêmica em torno da política monetária, iniciada depois do corte de 0,25 ponto da Selic na semana passada. Até o último instante, parte do mercado manteve a aposta de que o BC não mexeria mais nos juros, independentemente dos sinais emitidos por alguns de seus diretores. O grupo mais conservador de analistas e de investidores acreditava que o BC daria um peso maior à inflação, que se mantém em um patamar desconfortável — acima de 5% no acumulado de 12 meses. A instituição, porém, preferiu baixar um pouco mais a Selic, sob o argumento de que o custo de vida está sob controle e o momento é de dar estímulos a uma frágil atividade econômica.