O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai julgar
hoje um processo que pode acarretar em prejuízo bilionário para os cofres da
União. Duas décadas depois de a Justiça Trabalhista de Minas Gerais condenar o
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ao pagamento de uma
diferença salarial a um grupo de 800 funcionários, a
estatal tenta a sua última
cartada para evitar um rombo que pode chegar a R$ 1 bilhão. O valor é 10 vezes
superior ao investimento anual da empresa.O imbróglio surgiu no começo da década de 1990, após o próprio TST determinar um reajuste variável para os diferentes níveis de funcionários do Serpro. Na ocasião, atendendo a um pedido da federação que representa a categoria (Fenadados), o TST fixou o aumento salarial. A empresa argumenta que, por força da decisão judicial, reajustou os salários de seus empregados com base nos valores do dissídio, desconsiderando, assim, a previsão inicialmente traçada pelo plano de cargos e salários.