Mesmo com a notícia de que a ex-chefe de
gabinete do governador Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, não
comparecerá à sessão desta terça-feira (5/6), os integrantes da CPMI do
contraventor Carlinhos Cachoeira estão desde as 10h reunidos no Senado para
ouvir outras três testemunhas.
O primeiro a ser ouvido é Walter Paulo Santiago,
proprietário legal da mansão vendida pelo governador Perillo em Goiânia, imóvel
era ocupado pelo bicheiro no momento da prisão dele, em fevereiro. Walter Paulo
disse que não tinha conhecimento de quem morava na residência, embora tenha
confirmado que comprou a casa de
Perillo, com dinheiro vivo. "Comprei a
casa como administrador da empresa. Quando fizeram a empresa, me colocaram como
administrador, pois qualquer erro ou acerto eu é que sou responsável".
Questionado como teria conseguido dinheiro para a operação comercial, Walter
disse que o dinheiro foi proveniente da faculdade Padrão, da qual ele é sócio.Antes de começarem a ouvir as testemunhas, os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Álvaro Dias (PSDB-PR) defenderam que, nas sessões que serão realizadas na semana que vem, a CPI debata as convocações de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do DNIT, e de Fernado Cavendish, ex-presidente da Delta.
Durante o depoimento, Walter
Santiago garantiu que tinha apenas contatos sociais com Cachoeira. Segundo ele,
os dois se viram na faculdade Padrão e em casamentos de dois filhos de
Santiago. "Também nos encontramos em uma churrascaria e ele (Carlos
Cachoeir) afirmou que eu já havia trabalhado muito na vida e em seguida me questionou
o que eu gostaria de ter para descansar", esclareceu o depoente. Em
resposta, Walter Paulo teria pedido ajuda para implantar um curso de Medicina
em prol do povo de Goiás.
Em outra ocasião, o proprietário da universidade defendeu que embora a compra da casa tenha sido realizada toda em dinheiro, foi um negócio de "boa fé" de ambos os lados. Walter também afirmou que o dinheiro utilizado na transação que veio da empresa Mestra, cujo ele é o administrador, foi todo contabilizado.
Santiago se contradisse durante algumas respostas e alegou não saber quem paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da casa comprada e que, no momento, ninguém mora no local.
Em outra ocasião, o proprietário da universidade defendeu que embora a compra da casa tenha sido realizada toda em dinheiro, foi um negócio de "boa fé" de ambos os lados. Walter também afirmou que o dinheiro utilizado na transação que veio da empresa Mestra, cujo ele é o administrador, foi todo contabilizado.
Santiago se contradisse durante algumas respostas e alegou não saber quem paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da casa comprada e que, no momento, ninguém mora no local.