Processo aponta
pagamento de propina a cinco servidores do Dnit no Ceará. Em defesa,
empreiteira alegou cobrir despesas da fiscalização
O ministro-chefe da Controladoria-Geral
da União (CGU), Jorge Hage, assinou uma portaria, nesta terça-feira (12), que
declara a Delta Construções como inidônea. A empreiteira, pivô do caso
Carlinhos Cachoeira, fica impedida de participar de licitações e assinar
contratos com a administração pública.
A decisão teve como base um processo administrativo aberto em 24 de abril para apurar irregularidades. A Operação Mão Dupla, realizada pela Polícia Federal, CGU e Ministério Público em 2010, apontou problemas na execução de contratos da empresa em obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). ...
De acordo com inquérito, a Delta pagou propina a cinco servidores responsáveis pela fiscalização de contratos no Ceará, entre 2008 e 2010. Há provas de
pagamentos de valores e bens, como aluguel de carro, compra de pneus e
combustível, além de passagens aéreas.A decisão teve como base um processo administrativo aberto em 24 de abril para apurar irregularidades. A Operação Mão Dupla, realizada pela Polícia Federal, CGU e Ministério Público em 2010, apontou problemas na execução de contratos da empresa em obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). ...
De acordo com inquérito, a Delta pagou propina a cinco servidores responsáveis pela fiscalização de contratos no Ceará, entre 2008 e 2010. Há provas de
Em sua defesa à Controladoria, a empresa alegou que os benefícios decorriam de cláusula contratual, pela qual ela custearia o uso de um veículo para a fiscalização das obras. No entanto, gravações mostram um engenheiro supervisor do Dnit pedindo carro para passeios em finais de semana.
A Delta alegou ainda que as passagens eram fornecidas para que os servidores fiscalizassem os contratos no Ceará. Mas há passagens pagas pela empreiteira em viagens para Recife e São Paulo, além de diárias em hotéis de Brasília e Fortaleza (local de trabalho dos servidores).
Em nota, a CGU diz que “pela série de condutas reprováveis e pela gravidade dos atos perpetrados, é inevitável a aplicação da pena de inidoneidade”. Os servidores estão respondendo a processos administrativos.
Fonte: Época.com / AC - 13/06/2012