Joaquim Roriz completaria hoje 85 anos de idade, o criador das cidades satélites, que lutou para um DISTRITO FEDERAL melhor e igualitário.
Joaquim Domingos Roriz comandou o Distrito Federal por 3.839 dias
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HISTÓRIA
Roriz viveu uma infância menos nobre. Nascido em 4 de agosto de 1936, em Luziânia, município goiano situado a 60km da capital federal, cresceu na propriedade rural da família, a Fazenda Palma, que tem como especialidade a produção de leite e seus derivados.
Filho do latifundiário Lucena Roriz e da dona de casa Jerzuleta de Aguiar Roriz, Joaquim cursou ciências econômicas na Universidade Federal de Goiás (UFG) e ciências jurídicas e sociais no então Centro de Ensino Unificado de Brasília (atual UniCeub). Apesar da formação acadêmica, Roriz enveredou para a política. Elegeu-se vereador aos 25 anos. Na ocasião, representou a cidade natal.
Depois da estreia, a ascensão foi meteórica. Ainda por Goiás, foi deputado estadual, deputado federal e vice-governador do estado no mandato do então governador Henrique Santillo. A relação de amor com Brasília começou a ser construída durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, de 1982 a 1986.
Fincou raízes definitivamente na capital do país em 1988, quando o aliado de outrora Iris Rezende o indicou para ser governador biônico do Distrito Federal. Iris, à época, chefiava o Ministério da Agricultura e tinha uma aliança sólida com Roriz. O então presidente da República, José Sarney, aceitou o nome e deu a Joaquim Roriz a oportunidade de dirigir o Palácio do Buriti.
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JOFRAN FREJAT E RORIZ |
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RORIZ E ARRUDA |
CRIAÇÃO DAS CIDADES SATÉLITES
A medida mais impactante do seu primeiro mandato foi a construção de Samambaia. Na ocasião, adversários acusaram-no de ter criado uma cidade carente dos serviços públicos mais básicos. Mesmo após ter criado outras seis localidades, o então governador costumava dizer que Samambaia era sua “menina dos olhos”. Hoje, é a quarta maior região administrativa do DF, com mais de 250 mil moradores e comércio desenvolvido. No entanto, enfrenta problemas como violência e infraestrutura precária em alguns setores.
Roriz liderou o Palácio do Buriti até março de 1990, quando decidiu aceitar o convite do então presidente, Fernando Collor de Mello, para assumir o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Mas permaneceu no posto por apenas 15 dias, pois se desligou do cargo para disputar o GDF na primeira eleição direta da história da cidade.
Pelo Partido Trabalhista Renovador (PTR), foi eleito na chapa que tinha como vice a filha do ex-presidente Juscelino Kubitschek Márcia Kubitschek. Com uma política habitacional questionada por rivais, tirou do papel quatro novas regiões administrativas: Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II.
Em 1994, com a restrição da legislação eleitoral que o impediu de tentar um terceiro mandato, Roriz declarou apoio a Valmir Campelo na disputa ao GDF. Apesar do auxílio do mentor, Campelo foi derrotado pelo petista Cristovam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB).
O RETORNO AO COMANDO DO DISTRITO FEDERAL
Quatro anos depois, no entanto, Joaquim Roriz voltou a demonstrar força e reassumiu o comando do DF, derrotando justamente Cristovam numa acirrada e polêmica disputa. Dessa vez, chegou ao posto pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) – atual MDB. Benedito Domingos foi seu vice-governador.
A gestão populista o levou a conquistar ainda mais empatia entre as parcelas menos favorecidas da sociedade. A fama de “governador que dava casa” espalhou-se país afora, e milhares de pessoas começaram a deixar seus estados de origem em busca de imóvel próprio no Distrito Federal. O êxodo provocou inchaço populacional em várias regiões administrativas e também no Entorno do DF.
Outras iniciativas assistenciais – que, na visão de rivais, tinham o objetivo apenas de ampliar sua base eleitoral – marcaram a passagem de Roriz pelo Buriti. Ele criou programas destinados à distribuição de enxovais para recém-nascidos e de pão e leite para famílias de baixa renda.
Uma ação bastante associada ao seu nome foi a construção dos restaurantes comunitários, com refeições a preços bem abaixo dos praticados no mercado, graças a subsídios estatais. Até hoje, muitos brasilienses chamam as unidades de “Rorizão”, apelido que também batizou o estádio do time de futebol Samambaia.
Este blog agradece Roriz por tudo que ele em vida fez pelos moradores do Distrito Federal. 👏👏👏👏👏👏
RORIZ ficará pra sempre na memória dos Brasilienses.
O que esse homem fez quando passou pelo GDF nunca um outro governador conseguirá fazer. Tem todo meu respeito admiração e muita, mas muita saudades. Em memória parabéns RORIZ
Fonte: parte do texto extraído da publicação do jornal metrópoles / A Redação