Presidente confirmou que Moreira Franco
foi indicação do PMDB para a presidência da Caixa
O
presidente da República, Michel Temer, respondeu nesta terça-feira (18/7) as
perguntas feitas pela defesa do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no
processo que envolve acusações de que um grupo político agia para influenciar a
liberação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo Garantia por Tempo de
Serviço (FI-FGTS). Temer afirmou que a indicação de Moreira Franco para a
vice-presidência de Fundos e Serviços da Caixa foi realizada pelo PMDB, no
período em que ele era presidente da sigla.
De
acordo com informações prestadas em acordos de delação premiada firmados com o
Ministério Público, um grupo político atuava para facilitar o repasse de
recursos do fundo para empresas integrantes do esquema. Em troca, os agentes
políticos recebiam propina dos contratos firmados entre o banco público
e
empresários. "A indicação do senhor Moreira Franco foi feita pelo PMDB no
período de minha presidência, durante o governo do presidente Lula",
afirmou Temer no documento enviado para a 10ª Vara Federal de Brasília.
Quando
perguntado se recebeu André Souza, que foi até 2012 representante do conselho
do FI-FGTS, o presidente da República afirmou que "recebeu diversos
empresários, acompanhados de políticos e não se recorda do nome de todos".
Eduardo Cunha é réu na ação penal junto do ex-ministro e também ex-presidente
da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-vice-presidente da Caixa Fábio
Cleto, o doleiro Lúcio Funaro e o sócio de Funaro, Alexandre Margotto.
No
começo do mês, o ex-presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht,
afirmou que Michel Temer integrava o grupo do ex-presidente de Cunha para
influenciar repasses do fundo de investimentos. A declaração foi realizada em
audiência por meio de videoconferência à Justiça Federal de Brasília.
Fonte:
Correio Braziliense