quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na Câmara Legislativa

Os policiais estiveram na Câmara em busca de supostas informações do computador da ex-assessora de imprensa de Vazquez, Mara Viegas

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A Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decap) realiza operação em busca de provas de irregularidades na licitação do transporte público do DF. Na manhã desta quarta-feira (27), agentes da unidade cumpriram mandados de busca e apreensão em Brasília, Goiás e Curitiba. No DF, as operações ocorreram na Câmara Legislativa, na casa do ex-secretário de Transportes do DF Walter Vasquez,  no Setor de Mansões Lago Norte, e na residência de uma ex-assessora de Vasquez.

Os policiais estiveram na Câmara em busca de supostas informações do computador da ex-assessora de imprensa de Vasquez, Mara Viegas, que hoje trabalha no gabinete do deputado distrital Ricardo Vale (PT).  O petista é integrante da CPI dos Transportes. Os investigadores saíram do local, por volta das 10h50, com malotes.

Na casa de Mara, os policiais apreenderam um HD de computador, uma agenda e dois celulares. Os policiais teriam decidido fazer a operação de busca na casa da assessora porque um delegado que integra a CPI teria feito uma
denúncia a respeito de possíveis informações privilegiadas repassadas à jornalista, o que ela nega. 


Licitação suspensa por fraudes

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal invalidou na última segunda-feira (25/01) a licitação para o transporte público do DF. Foram encontradas diversas irregularidades na ação. O Governo do DF tem 180 dias para contratar novas empresas de ônibus.

O juiz Lizandro Garcia Gomes Filho acatou os argumentos da ação pública e afirma na sentença que “a condução do certame deu-se de forma viciada, tudo a beneficiar certo conglomerado empresarial detentor de grande fatia do transporte público distrital”.

O processo corre na Justiça desde 2013 e envolve o GDF e as empresas Expresso São José, Marechal, HP-Ita Transportes (Urbi), Pioneira e Piracicabana. A decisão suspende os contratos administrativos da bacia 1, que engloba Brasília, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal, além da bacia 4, com Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e Park Way.

Segundo as assessorias de imprensa das empresas de transporte e do Governo do Distrito Federal elas não foram notificadas e, por isso, não comentarão o caso no momento. Com essa decisão da 1ª Vara de Fazenda Pública, as empresas só poderão recorrer a instâncias superiores.


Fonte: Correio Braziliense