Ele
já cumpria regime domiciliar por tráfico e estava na Corte há dois anos. Presos
traziam droga de Goiás e as revendiam no DF e cidade do Entorno.
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Suspeitos de tráfico de drogas que vinham de Goiânia e eram distribuídas em regiões do DF e em cidade do Entorno (Foto: Jéssica Nacimento/G1) |
Um
funcionário terceirizado do Supremo Tribunal Federal e mais três homens foram
presos suspeitos de vender drogas em Santa Maria e Guará, no Distrito Federal,
e em Valparaíso (GO). Conhecido como "Vila", Vinicius Corrêa Dias, de
30 anos, chefiava uma quadrilha que atuava há mais de um ano nas regiões,
segundo a polícia.
As
prisões ocorrerram na última sexta-feira (22), mas só foram divulgadas pela
polícia nesta segunda (25). Com os presos foram apreendidos 11 kg de
maconha, uma porção de cocaína, dois carros clonados, telefones celulares,
balanças de precisão e R$ 2 mil em espécie.
De
acordo com a Polícia Civil, as prisões ocorreram na BR-040, próximo ao Gama, e em Valparaiso de Goiás. No momento
da abordagem, segundo a PM, Dias tentou se livrar da prisão alegando ser
servidor público e trabalhar no
gabinete de um dos ministros do STF. Ele não
quis conversar com a imprensa.
Ele
trabalhava há dois anos como funcionário terceirizado do Supremo Tribunal,
estava em regime domiciliar. Ele realizava serviço de mensageiro em um programa
de ressocialização. Com o caso, percebemos que há algumas pessoas que não têm
solução"
Leonardo
de Castro Cardoso, delegado da Coordenação de Repressão às Drogas
"Ele
trabalhava há dois anos como funcionário terceirizado do Supremo Tribunal,
estava em regime domiciliar. Ele realizava serviço de mensageiro em um programa
de ressocialização. Com o caso, percebemos que há algumas pessoas que não têm
solução", declarou o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas
(Cord), Leonardo de Castro Cardoso.
"Vila" trabalhava no período da tarde, de 12h às 17h. Ele recebia R$ 1,8 mil. Ele ia uma vez na semana à Vara de Execução Penais para assinar um termo de que estava "dentro da lei", disse o delegado.
Além de Dias, Bruno Martins Maia, de 31 anos, Edvaldo Pereira da Silva, de 26 anos e Diego Rodrigues Vitalino, de 27 anos, também foram presos. Na delegacia, nenhum dos presos quis dar declarações.
"Vila" trabalhava no período da tarde, de 12h às 17h. Ele recebia R$ 1,8 mil. Ele ia uma vez na semana à Vara de Execução Penais para assinar um termo de que estava "dentro da lei", disse o delegado.
Além de Dias, Bruno Martins Maia, de 31 anos, Edvaldo Pereira da Silva, de 26 anos e Diego Rodrigues Vitalino, de 27 anos, também foram presos. Na delegacia, nenhum dos presos quis dar declarações.
A
operação foi chamada de "Têmis" e foi investigada por 11 meses. Toda
a droga adquirida pelos suspeitos vinham de um fornecedor de Goiânia, que está
na cadeia. "Nós chegamos aos suspeitos após duas mulheres serem presas tentando entrar no Distrito
Federal com 195 kg de maconha a mando do grupo", informa o
delegado. Apenas Dias tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas.
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Droga apreendida com duas mulheres em outubro, caso que levou à prisão do grupo supostamente liderado por servidor terceirizado do STF (Foto: Polícia Civil/Divulgação) |
Diego
Vitalino era considerado a "mula" do grupo [responsável pelo
transporte da droga] e foi contratado há pouco menos de um mês. Ele receberia
R$ 1 mil pelo serviço. "Por volta de 20h, na BR-040, a Polícia Civil
abordou um carro que era ocupado por Bruno e Diego. Dentro do banco traseiro
foi encontrada uma mochila contendo 16 tijolos de maconha", explica o
delegado.
Bruno
Maia havia ido buscar Diego Vitalino na Rodoviária de Brasília, que havia chegado de Goiânia com
a droga. Após a abordagem, os policiais civis seguiram para Valparaíso, onde
prenderam os demais integrantes da quadrilha. Todos os suspeitos responderão
por tráfico de drogas. Se condenados, podem pegar de 10 a 25 anos de prisão.
Fonte:
G1