Tribunal tem interferido em projetos
em tramitação nas casas legislativas, o que vem causando insatisfação entre os
parlamentares.
O procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira (25/4) não ver clima de tensão entre o
Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Provocado por partidos
políticos, o Tribunal tem interferido em projetos em tramitação nas casas
legislativas, o que vem causando insatisfação entre os parlamentares.
“Não vejo esse clima [de embate] por enquanto”, disse o procurador, durante evento da Procuradoria-Geral da República na manhã desta
quinta-feira (25/4). Para Roberto Gurgel, até o momento, os dois Poderes
estão “atuando no âmbito de suas competências”.“Não vejo esse clima [de embate] por enquanto”, disse o procurador, durante evento da Procuradoria-Geral da República na manhã desta
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta quarta-feira (24/4) projeto que limita os poderes do Supremo, submetendo algumas decisões do STF ao controle do Legislativo. No início da noite, o ministro Gilmar Mendes deu liminar suspendendo a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos.
Para o procurador-geral, a liminar de Gilmar Mendes não foi uma retaliação à proposta que interfere na atividade do Supremo. Ele acredita que a tomada de decisões que desagradam ao outro Poder são comuns em ambos os lados. “Já houve decisões que causaram certo estrépito do Supremo em relação a atividade parlamentar. Não é a primeira vez”.
Ele acredita que as divergências
ficaram mais evidentes nos últimos anos devido ao papel proativo do STF em
questões de grande repercussão nacional, como a reconhecimento da união de
pessoas do mesmo sexo.
“Há a presença cada vez mais forte do Poder Judiciário, sem que isso signifique invasão das competências e atribuições do Legislativo, mas uma presença mais forte em algumas questões de importância fundamental”.
Roberto Gurgel disse que pretende conversar com o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), sobre a proposta que pretende impedir o Ministério Público de atuar em investigações criminais.
“O que é importante é que a proposta não seja aprovada. Se ela for aprovada, realmente, o Brasil fica, sem qualquer exagero, menor. E fica menor perante a sociedade brasileira”, disse.
“Há a presença cada vez mais forte do Poder Judiciário, sem que isso signifique invasão das competências e atribuições do Legislativo, mas uma presença mais forte em algumas questões de importância fundamental”.
Roberto Gurgel disse que pretende conversar com o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), sobre a proposta que pretende impedir o Ministério Público de atuar em investigações criminais.
“O que é importante é que a proposta não seja aprovada. Se ela for aprovada, realmente, o Brasil fica, sem qualquer exagero, menor. E fica menor perante a sociedade brasileira”, disse.
Fonte: Correio Braziliense