Incompatibilidade, problemas com o
Ministério Público e embates internos fazem com que o governador Ibaneis Rocha
(MDB) mude cargos de chefia sensíveis à estrutura do Palácio do Buriti. A
última alteração no governo ocorreu no comando da Casa Civil
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Com o pedido de demissão do então
secretário-chefe da Casa Civil Eumar Novacki, o governo de Ibaneis Rocha (MDB)
contabiliza cinco baixas em cargos de chefia em quatro meses e meio de mandato.
Além de Novacki, os comandantes do Detran, da Casa Militar, da Novacap e da
Caesb deixaram a estrutura do GDF. Entre as razões estão embates,
incompatibilidade e problemas com a Justiça.
No caso de Novacki, pesaram, sobretudo, a falta
de poder da pasta — fundamental em outros governos — e desavenças com nomes do
primeiro escalão do governo. Nos bastidores, relata-se também que ele e o chefe
do Palácio do Buriti não estavam mais alinhados e que episódios em que Novacki
assumiu muito protagonismo incomodaram o chefe do Executivo local.
A gota d’água para a decisão de sair do governo
foi a retirada da Casa Civil da responsabilidade de publicar o Diário
Oficial do DF. A tarefa era uma das atribuições centrais do órgão, uma vez que
o documento traz todos os atos relevantes do governo. A função passou a ser da
chefia de gabinete do governador, comandado por Kaline Gonzaga. Novacki também
foi sondado para ocupar funções no governo federal, o que, diante da situação
atual, colaborou, segundo membros do GDF, para a decisão final de deixar a
administração local.
Ontem, o governador Ibaneis minimizou o
problema e afirmou que não houve desentendimentos entre ele e o ex-comandado.
“Ele pediu para sair do governo porque tem outras pretensões e está disposto a
seguir outros caminhos”, justificou o emedebista. “Não existe espécie alguma de
desalinho. É um amigo. A nossa relação continua a mesma. Ele é um conselheiro
de muitos anos. Desde o momento em que ele aportou aqui no Distrito Federal,
recebeu todo o meu carinho e vai continuar sendo um amigo”, completou.